CIA ajuda a armar oposição síria, reconhece The New York Times

Um grupo de oficiais da CIA – central de inteligência norte-americana – trabalha há várias semanas, no sul da Turquia, na entrega de armas e informação aos grupos armados antigovernamentais na Síria. A denúncia, desta vez, não parte de nenhum aliado do presidente Bashar al-Assad e, sim, do The New York Times.

As armas, pagas com apoio dos governos de Ancara, Arábia Saudita e Provar, incluem fuzis automáticos, lança-granadas, munições e armamento antitanque e chegam a território sírio através da Turquia principalmente.

"Esta missão da CIA é o caso mais evidente e detalhado do apoio de Washington à campanha militar contra o presidente Bashar al-Assad e uma tentativa de incrementar as pressões contra Damasco", assinala hoje o jornal The New York Times.

"Os oficiais no local recebem informação atualizada a respeito da situação interna na Síria e criam condições para recrutar agentes, que são enviados ao território desse país", diz o influente jornal.

Meios de imprensa destacam que existem cerca de 100 organizações rebeldes armadas e que seu tamanho flutua de pequenos grupos até formações de cerca de 200 pessoas.

Segundo analistas políticos, as armas poderiam cair em mãos de membros da rede Al Qaeda ou outros grupos que Washington considera terroristas. A administração do presidente Barack Obama prevê ajudar aos subversivos a estabelecer um serviço de inteligência próprio e enviar oficiais da CIA ao interior da Síria, mas a decisão política está pendente, agrega o jornal.

Segundo autoridades norte-americanas e agentes aposentados da CIA, o governo de Barack Obama estaria ainda cogitando fornecer imagens de satélite e dados sobre a localização e a movimentação das tropas sírias para os rebeldes.

Segundo o jornal, Washington nega que Estados Unidos esteja entregando armas ao ditos grupos, mas admite que os países vizinhos o estão fazendo.

A Casa Branca acusa Damasco de reprimir a população civil, e há mais de um ano tem incrementado as sanções e ações subversivas de todo tipo contra o presidente Assad. De acordo com especialistas no tema, a principal preocupação de Washington é a tradicional política síria de rejeição ao papel de Israel na região do Oriente Médio, e seu apoio à causa palestina.

Com Prensa Latina