Internautas fazem tuitaço contra boicote dos EUA a Cuba

Internautas cubanos realizam um tuitaço desde a manhã desta quinta (21), para denunciar uma série de sanções e boicotes que os Estados Unidos têm imposto à ilha. O protesto virtual usa a hashtag #DerechosdeCuba.

O movimento foi puxado pelo blog “La pupila insomne” do jornalista Iroel Sanchez, que denunciou no dia 12 de junho a “escandalosa censura do Google”. Além disso, o Departamento do Tesouro da Casa Branca imputou a maior multa da história do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (a sigla em inglês é OFAC). São U$$ 619 milhões de dólares, além da proibição de transações financeiras e comerciais com entidades cubanas, escrevendo mais um capítulo da política de bloqueio contra Cuba.

O gigante da internet Google fechou o acesso da ilha ao Analytics, que presta serviços de estatísticas da internet. Quando um usuário tenta acessar o serviço a partir da ilha, é redirecionado para a página do Departamento do Tesouro americano que vigia o cumprimento das sanções estabelecidas pelo embargo dos Estados Unidos contra Cuba.

Já a franquia da sueca Ericsson no Panamá deverá pagar U$$ 1,7 milhões por enviar aparelhos quebrados em Cuba, para conserto nos EUA, ocultando a origem dos equipamentos, para burlar a sanção. Quem denunciou a estratégia foi a própria empresa, que através de seu porta voz anunciou que a Ericsson sabia da ilegalidade de exportações dos EUA para a ilha e que os três funcionários que teriam realizado a transação foram demitidos.

Em nota, o Google afirmou: “Como toda empresa americana, cumprimos com os controles de exportações dos Estados Unidos e as sanções que nos limitam o fornecimento de certos serviços em certos países. Para cumprir com essas leis, nossas regras de serviço sempre proibiram a utilização do Google Analytics em países sancionados”.

Além de Cuba, os EUA bloquearam os serviços e produtos do Google em Mianmar, Irã, Síria, Sudão e Coreia do Norte.

Fonte: Portal Câmara em Pauta