Drones sobre o Caribe, próximo passo do Pentágono

O Departamento de Segurança Interior (DSI) dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (25) que ativará uma frota de drones sobre o mar do Caribe e o Golfo de México, sob o pretexto de vigiar narcotraficantes.

A Administração Federal de Aviação (AFA) já aprovou novas rotas aéreas que serão cumpridas pelos aviões espiões não tripulados, conhecidos mundialmente devido à sua ação bélica nas guerras implementadas pelo Pentágono no Iraque e no Afeganistão.

O roteiro estipulado pela AFA abarca um raio de cerca dois mil quilômetros e sobrevoa países como as Bahamas, República Dominicana, o estado associado de Porto Rico e outras ilhas antilhanas.

Esta decisão do DSI duplicará o uso de aviões teleguiados no hemisfério ocidental bem como o número de quilômetros quadrados cobertos por estes aviões controlados pelo governo norte-americano.

A primeira base de drones para o Caribe estará instalada na cidade de Corpus Christi, no Texas, e a seguinte será construída em Cocoa Beach, Flórida, indicaram fontes do Departamento de Defesa.

O aparelho utilizado na frota será o Predator B, o mesmo modelo que a Agência Central de Inteligência usa no Paquistão e no Iêmen com o argumento oficial de perseguir membros da Al-Qaeda e de outros grupos extremistas islâmicos.

Há mais de cinco anos Washington mantém um sistema de vigilância no Caribe com aeronaves de espionagem de ultra-altitude denominadas Global Hawk (Falcão Global), que, segundo especialistas, cobrem mais espaço marítimo que os drones tradicionais.

Os Estados Unidos anunciaram no mês passado que planejam fabricar aviões militares sem tripulação de propulsão nuclear. Nesse caso, eles poderiam voar e executar missões de bombardeio em massa durante meses sem necessidade de reabastecimento.
O Pentágono encarregou essa tarefa aos laboratórios Sandia National, a principal agência governamental para investigações e desenvolvimento atômico, e ao consórcio armamentístico Northrop Grumman.

A empresa não divulgou o custo por unidade desta próxima geração de Veículos Aéreos não tripulados (Unmanned Aerial Vehicle, UAV), sabe-se que os atuais Reaper e Sky Warrior valem cerca de 22 milhões de dólares cada.
Os UAV são artefatos menos seguros que os aviões tradicionais e tendem a chocar-se com maior facilidade. Washington não leva em conta as consequências de seu plano, sublinhou Chris Coles, do fórum Drone Wars UK, crítico desses sistemas.

Fonte: Prensa Latina