Homossexualismo: deputado se opõe ao Conselho de Psicologia 

Resolução do Conselho Federal de Psicologia orientam os profissionais da área a não usar a mídia para reforçar preconceitos contra os homossexuais nem propor tratamento para curá-los. O deputado tucano João Campos (GO) apresentou projeto para suspender a aplicação de dois dispositivos. O relator da proposta, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), sugeriu realização de audiência, marcada para esta quinta-feira (28), na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, para discutir o tema.

O primeiro dispositivo da resolução que o autor do projeto, deputado João Campos (PSDB-GO), quer sustar é o que diz que “os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.

O segundo dispositivo diz que “os psicólogos não se pronunciarão nem participarão de pronunciamentos públicos nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.

Segundo João Campos, as orientações restringem o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional.

Principais interessados

"Entendo que a matéria não pode ser vista apenas sob a égide de uma única classe profissional, pois alcança a sociedade de uma forma geral. O tema requer um estudo e uma análise aprofundada, levando em consideração os aspectos científicos e também sociais que o envolvem", disse o relator.

"No mesmo sentido, entendo que a matéria também deve ser submetida aos maiores interessados, ou seja, às pessoas que desejam buscar na psicologia ajuda em virtude de dúvidas quanto a orientação sexual assumida", acrescentou.

Para o debate foram convidados o procurador-geral do Trabalho, Luís Antônio Camargo de Melo; o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona; a escritora e psicóloga com especialização em psicologia da sexualidade Marisa Lobo; o autor do livro "A Homossexualidade Masculina", Claudemiro Soares; e o psicólogo Luciano Garrido.

De Brasília
Com Agência Câmara