Poesia nas ruas prossegue até domingo

Parafraseando o escritor francês Marcel Proust em um de seus títulos mais famosos, o empresário Luiz Amorim afirma estar em “busca do tempo perdido”.

 Por isso, apesar do nome, sua “Bienal do B” — Poesia na rua será realizada todos os anos. “A poesia da cidade nunca teve o tratamento que merece , em relação à quantidade e qualidade de poetas que tem”, afirma o proprietário do Açougue Cultural T-Bone (comercial da 112 Norte), em funcionamento e promovendo atividades culturais há 17 anos. Para reparar essa injustiça histórica, ele organiza, em seu estabelecimento uma grande confraternização de poetas locais, que se estende desde terça-feira até domingo, das 18h às 22h, e terá o imortal Ledo Ivo como patrono.
“Ele é um autor de vanguarda, autor de uma obra muito interessante”, destaca Amorim, a respeito da escolha feita pelo anfitrião da Bienal, o poeta Antônio Miranda. Além do poeta, romancista, contista e ensaísta alagoano, os demais representantes da festa compõem o que há de melhor na literatura brasiliense. E não são poucos. “Neste ano, o evento terá um dia a mais (serão quatro, ao todo). E agora, além dos 47 poetas da primeira edição, reuniremos mais 30, totalizando 77 participantes”, afirma o organizador. A expectativa de público também é maior: enquanto no ano passado, o encontro literário reuniu cerca de 1.500 pessoas por noite debaixo da marquise de sua loja, em 2012, ele acredita que esse nú mero poderá ultrapassar 2 mil frequentadores.