Governo golpista da Líbia anuncia realização de "eleições"

O governo golpista da Líbia, instalado no poder com o auxílio da Otan no ano passado, vai realizar neste sábado (7) o que chamou de "eleições" desde que foi assassinado o líder do país, Muamar Kadafi, em outubro de 2011.

As "eleições" ocorrem em um momento de grande tensão, pois as contradições internas da aliança golpista estão ainda mais fortes, com a evidência da incapacidade do CNT (Conselho Nacional de Transição) de impor autoridade em várias zonas do país.

O governo golpista afirma que 2,8 milhões de eleitores "vão escolher" os 200 membros do Congresso Geral Nacional, assembleia que teoricamente deverá formar um "novo" governo e escolherá uma "comissão de juristas" para redigir um projeto de Constituição, tudo sob as vistas atentas dos Estados Unidos.

Seguindo as instruções dadas pelos patrocinadores do movimento golpista – os países imperialistas – O CNT não divulgou a data em que serão anunciados os resultados e promete dissolver-se após a primeira sessão da nova assembleia

Cerca de 8% dos 400 candidatos foram excluídos do pleito. Os candidatos tiveram de se submeter ao vaticínio do CNT para poder "concorrer" às tais "eleições". A fórmula da disputa pretende evitar que um só partido domine o congresso, o que vai aumentar a instabilidade do país.

O Partido da Justiça e do Desenvolvimento, criado pela Irmandade Muçulmana, o Al-Watan, do ex-comandante militar de Trípoli Abdelhakim Belhaj e a coligação liberal liderada por Mahmud Jibril, líder do CNT durante o movimento golpista contra Kadafi, são os partidos citados pela mídia ocidental como "favoritos".

Do Portal Vermelho, com agências