Pútin quer maior responsabilidade social da imprensa
O presidente da Federação Russa, Vladímir Pútin, defendeu uma maior responsabilidade social, profissional e ética dos jornalistas, em uma mensagem enviada à cúpula mundial da imprensa nesta capital.
Publicado 05/07/2012 16:11
O diretor geral da agência Itar-tass, Vitaly Ignatenko, leu aos mais de 300 participantes a mensagem do presidente russo, que propôs converter o encontro em tribuna de discussão dos problemas nos quais a imprensa exerce um papel crucial.
"A atividade dos mais diversos meios de difusão definem o presente e o futuro da política e da economia mundial", destacou.
"Além disso, devem-se elaborar as normas éticas do trabalho dos meios de informação e serem reforçadas as garantias de uma objetividade dos meios de difusão independentes", estimou.
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, por meio de videoconferência, fez referência "a um tempo de grandes mudanças" na maneira como as pessoas recebem e produzem a informação.
O secretário-geral da ONU lembrou que 500 jornalistas perderam a vida na última década, 66 deles neste ano.
Por sua vez, Ignatenko sublinhou que era necessário analisar a transformação cardinal do mercado e o papel dos meios nas novas condições geopolíticas.
O presidente da Duma (câmara baixa russa), Serguei Narishkin, indicou que em momentos em que uma pessoa pode criar seu próprio conteúdo informativo, os meios tradicionais perdem seu monopólio sobre a notícia.
Narishkin assinalou que diante do fenômeno da "democracia eletrônica" deve existir um justo equilíbrio entre a liberdade de expressão e a necessidade do estado de garantir uma segurança de informação na sociedade.
Além disso, no encontro sessionaram vários painéis, entre eles "Meios eletrônicos: diversidade de modelos ou o monopólio global da informação", "Mídias sociais e a Internet: tentativas de manipulação ou ferramentas para integrar a sociedade?".
Também foi debatido o tema do negócio dos "meios de imprensa: sócios ou proprietários?" e sobre "Ética do jornalismo em um mundo de mudanças: no limite do permitido e o direito do jornalismo".
Fonte: Prensa Latina