Lavrov exige fim simultâneo de ações bélicas na Síria

O ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, reiterou hoje a necessidade do encerramento simultâneo das ações bélicas, tanto por parte das tropas sírias como pelos grupos armados opositores, antes de iniciar-se um diálogo.

As nações ocidentais exigem o fim unilateral das operações do exército sírio, sem fazer o mesmo com os grupos armados opositores, recordou Lavrov.

Será necessário influir sobre todas as partes ao mesmo tempo com o propósito de conseguir-se o fim das hostilidades, algo difícil caso se escutem vozes que busquem prolongar o conflito, apontou.

Antes de a um encontro com o enviado especial para a Síria da ONU e Liga Árabe, Kofi Annan, o diplomata assinalou que todos os agentes externos devem agir para influenciarem juntamento pela paralisação do confronto.

Lavrov avaliou que para que tal processo seja colocado em prática é necessária uma verificação pelos observadores da ONU, motivo pelo qual defendeu a ampliação do mandato da missão nesse sentido na Síria.

O chanceler destacou, por outro lado, que a proposta da Rússia e da China de uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU para estender o mandato dos observadores citados por três meses se baseia no entendimento atingido na conferência de Genebra.

Para o Ministro, será necessário elaborar um plano para cada cidade síria em conflito para que os observadores da ONU inspecionem o fim das hostilidades.

Afirmou que Moscou estaria disposta a uma mudança técnica nas resolução que agregue apenas ponto: o da extensão por três meses da missão de observadores da ONU, sem analisar da situação e com uma referência a resoluções anteriores.

Ao referir-se à iniciativa apresentado no CS por algumas nações ocidentais, que inclui novas sanções contra a Síria e a permissão para uma intervenção estrangeira, Lavrov rechaçou qualquer chantagem para condicionar a aprovação do projeto russo-chinês.

A Rússia de nenhuma forma, esclareceu, poderá aceitar a nova proposta ocidental nas condições que são propostas pelas nações ocidentais como os Estados Unidos, França ou Reino Unido.

Nossa resolução baseia-se no consenso atingido na cidade suíça citada e isso exclui novas sanções, pressões a todas as partes para finalizar as hostilidades e um governo de transição, sublinhou Lavrov.

Fonte: Prensa Latina