Salvador é última colocada em pesquisa sobre qualidade de vida

As reclamações dos soteropolitanos se confirmaram: Salvador é a pior capital do país para se viver. Pelo menos é esse o resultado de uma pesquisa da Protesta, associação de consumidores, que trabalha na avaliação de produtos e serviços. Foram ouvidos mais de 2 mil brasileiros, em 21 capitais de estado, que analisaram a qualidade de vida nas cidades em que moram.

Critérios como acessibilidade, mobilidade urbana, segurança, emprego, habitação, educação e saúde são levados em conta e Salvador só obteve posição “razoavelmente satisfatória” no quesito educação. Em mobilidade urbana e habitação, a capital baiana ficou na última colocação; em segurança, saúde e emprego apareceu na penúltima posição.

O resultado não impressionou João Oliveira, diretor na Bahia da Conam (Confederação Nacional de Moradores). Segundo ele, a pesquisa traduz com fidelidade a situação da cidade. “A gente constata isso quando percebe a fuga de famílias para outras cidades, até mesmo do Nordeste, como Maceió, que tem investido mais em serviços públicos”, defende.

Pereira ainda explica que essa realidade de descuido tem afetado o sentimento que a população nutre pelo lugar que vive. “A autoestima, tão característica do soteropolitano, está abalada porque não há renda, boa infraestrutura, transporte e saúde de qualidade, mobilidade, as estão esburacadas. Nós estamos morando mal”, desabafa.

Questionado sobre as possíveis soluções para se contornar os problemas, o diretor do Conam foi enfático: “É preciso mobilização da sociedade, principalmente nesse período eleitoral”. Ele sugere que os soteropolitanos busquem candidatos com perfis de liderança, que saibam promover diálogo com os diversos segmentos – da sociedade e dos governos.

De Salvador,
Erikson Walla