No Nepal, Cebrapaz tem presença ativa em Assembleia do CMP

A delegação brasileira desempenhou intensa atividade durante a Assembleia Geral do Conselho Mundial da Paz, que se realiza em Katmandu, Nepal, desde o última sexta-feira (20). Liderada pela presidenta do CMP e do Cebrapaz, Socorro Gomes, a comitiva é constituída por Thomas de Toledo, secretário-geral do Cebrapaz, Heloisa Vieira (RJ), Marcos Tenório (DF), Antonio Barreto, Jaelson Dourado (BA) e José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho e diretor de Comunicação do PCdoB.

Durante os trabalhos da assembleia, a delegação do Cebrapaz contribuiu com análises e propostas. No grupo de trabalho da região da América, participaram Heloisa Vieira, Antonio Barreto, Marcos Tenório e Jaelson Dourado. Antonio Barreto deu uma abrangente informação sobre o balanço da atividade do Cebrapaz, ressaltando as iniciativas que a entidade tomou para fortalecer o CMP na região da América e no âmbito geral.

Além do Brasil, participaram da reunião da região da América durante os trabalhos da Assembleia do Conselho Mundial da Paz os conselhos da paz e solidariedade dos Estados Unidos, Canadá, República Dominicana, Venezuela e Bolívia.

Na plenária geral, Thomas de Toledo, secretário-geral do Cebrapaz, falou em nome da entidade, durante os debates em torno dos informes apresentados pela presidenta e pelo secretário-geral do CMP, respectivamente Socorro Gomes e Pafilis Tanassis.

“Como foi destacado nos pronunciamentos da presidenta do CMP, Socorro Gomes, e do secretário-geral, Tanassis Pafilis, bem como das coordenações regionais, a crise mundial do capitalismo e a escalada militarista do imperialismo colocam aos povos e movimentos sociais o desafio de construir uma alternativa solidária, que se fundamente na busca pela paz e desenvolvimento soberano das nações”, disse Toledo.

O ativista brasileiro referiu-se às dimensões do Brasil, com sua população de aproximadamente 200 milhões de habitantes, onde “devido ao nosso processo histórico, fomos formados por povos imigrantes de todos os continentes”. Ele acentuou que “apesar de sermos um país de dimensões continentais, rico em recursos naturais, e com uma cultura popular única, temos muitos desafios sociais e econômicos a serem superados”.

Uma denúncia viva da ação do imperialismo na América Latina foi o pano de fundo da intervenção do secretário geral do Cebrapaz: “Em nossa região, América Latina e Caribe, a luta dos povos por desenvolvimento, progresso social, democracia, independência e soberania se fazem presentes. O imperialismo dos Estados Unidos segue com a ampliação de bases militares em países alinhados, a reativação da 4ª Frota Marítima no Atlântico Sul e a promoção de golpes com o apoio das forças reacionárias de nossos países. Governos democráticos, progressistas e de esquerda como os de Cuba, Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua, Uruguai e Peru, entre outros, condenaram o golpe recentemente ocorrido no Paraguai, bem como o que ocorreu há dois anos em Honduras. Ressaltamos que nossos países, inclusive o Brasil, não possuem e tampouco está em plano aceitar a instalação de bases militares em seus territórios sob qualquer pretexto. Sobre este tema, temos uma campanha com o apoio de mais de cem organizações em todo o continente. Deixamos, assim, ao mundo, a mensagem de que é possível tornar a nossa região uma área permanente de paz.”

Thomas de Toledo também falou sobre a ampla e diversificada atividade do Cebrapaz e sobre os desafios que o movimento da paz tem em todo o mundo. Para ele, o momento exige “olhar para a frente, falar a um número cada vez maior de pessoas”. Para isso, segundo ele, é necessário fortalecer o CMP e ampliar os mecanismos de comunicação.

“Está em nossas mãos a tarefa de tornar este mundo mais pacífico e solidário. Somos nós que precisamos fazer isto. Para tanto, precisamos demonstrar que a conquista da paz passa pela denúncia daqueles que promovem a guerra, que em nosso tempo são os Estados Unidos, a União Europeia, Israel, países membros da Otan e seus aliados nos diferentes continentes. Ressaltamos que, ao fazer esta denúncia, atacamos seus respectivos governos e a política imperialista dos mesmos, nunca seus povos”, enfatizou.

O secretário-geral do Cebrapaz homenageou o pintor Cândido Portinari, autor dos murais Guerra e Paz que ficam na sede das Nações Unidas em Nova York.

Da Redação do Vermelho, de Katmandu, Nepal