Termina com êxito Assembleia do Conselho Mundial da Paz

Com forte sentimento de unidade, otimismo e disposição para a luta, terminou neste domingo (22) a Assembleia Geral do Conselho Mundial da Paz, em Katmandu, Nepal, com a aprovação de uma Declaração final e a eleição da direção da entidade.

A ex-deputada federal brasileira Socorro Gomes foi reeleita presidenta e o deputado grego Pafilis Tanassis foi confirmado no cargo de secretário-geral por mais quatro anos. Foram eleitos o Comitê Executivo e o Secretariado que conduzirão o Conselho Mundial da Paz no próximo período que, segundo tudo indica, será de intensa atividade.

Durante três dias, 150 delegados de cerca de 50 países reuniram-se na capital nepalesa, sob os auspícios do Conselho da Paz e Solidariedade do Nepal, país que neste início de século derrubou a monarquia por meio de uma revolução democrática e popular e onde se desenvolve intensa luta política para construir as instituições do novo regime republicano.

Os debates foram ricos e intensos, a partir dos informes apresentados no sábado (20) pela presidenta e pelo secretário-geral da entidade.

A assembleia do CMP destacou o quadro de crise sistêmica do capitalismo, identificada como um dos fatores que provocam mais instabilidade política, espoliação de nações e exploração dos trabalhadores e dos povos. Nesse ambiente, o imperialismo aumenta sua agressividade.

Dezenas de delegados de todos os continentes se revezaram na tribuna, onde fizeram denúncias dos crimes do imperialismo, condenaram as armas nucleares, as bases militares, a Otan, as guerras de ocupação, as violações do direito internacional, especialmente da Carta das Nações Unidas.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi considerada inimiga da paz e dos povos. Mais uma vez, os partidários da paz proclamaram a luta pelo desmantelamento dessa organização militar agressiva.

O espírito de solidariedade e luta foi marcante nos chamamentos pelo fim de todas as guerras de ocupação e agressão perpetradas pelo imperialismo norte-americano e seus aliados e pela retirada das tropas de ocupação.

De maneira especial, a assembleia do CMP condenou os frenéticos preparativos das potências imperialistas para intervir militarmente na Síria, assim como a política de pressões, sanções e ameaças ao Irã. Os povos de ambos os países foram destinatários da solidariedade dos partidários da paz reunidos em Katmandu.

Nos debates, ficou patente a denúncia dos crimes de Israel e dos Estados Unidos contra o povo palestino e os delegados reafirmaram a solidariedade a esse povo martirizado em sua luta pelo Estado nacional.

A assembleia do CMP também debateu a situação na América Latina, rechaçou o golpe de Estado no Paraguai e as provocações contra a Venezuela bolivariana. Foi renovada a exigência do fim do bloqueio a Cuba, da base de Guantânamo e a libertação dos cinco heróis presos em cárceres estadunidenses.

De Katmandu, Nepal, José Reinaldo, especial para o Vermelho