Obama descarta restringir posse de armas após massacre

O governo do presidente Barack Obama descartou uma nova lei sobre controle de armas nos Estados Unidos, apesar do recente massacre no Colorado, onde morreram 12 pessoas. A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira (23) em um comunicado que não pensa em avaliar nenhuma legislação que comprometa o direito cidadão de comprar, portar e usar armamentos, garantido na constituição norte-americana.

O porta-voz da administração federal, Jay Carney, indicou que o argumento de Obama é o mesmo que o manifestado em março de 2011, quando em outro tiroteio público seis pessoas faleceram no Arizona. A congressista Gabrielle Giffords ficou ferida. Políticos independentes comentaram que o motivo real é que, a quatro meses de eleições gerais, o Executivo democrata não quer desagradar a poderosa Associação Nacional do Rifle, com milhões de seguidores em todo o país.

A senadora Dianne Feinstein, democrata pela Califórnia, disse no programa Fox News Sunday que Obama e o candidato republicano Mitt Romney devem avaliar com urgência novas legislações sobre o porte de armas de fogo, ainda que seja um assunto político difícil de abordar.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, destacou que a pergunta principal que Obama ou Romney devem se fazer é como evitar novas matanças como a da sexta-feira em um cinema de Aurora, Denver. "Está na hora de os dois serem responsáveis e começarem a repassar este cenário. Cerca de 30 pessoas são assassinadas a cada dia nos Estados Unidos com armas ilegais", disse Bloomberg.

O atirador de Aurora, James Eagan Holmes, está detido pelo homicídio em massa no teatro Century 16. Holmes tem 24 anos, é ex-estudante de medicina e não tem antecedentes penais. Peritos confirmaram que ele estava armado com um rifle, uma escopeta, duas pistolas semiautomáticas, um colete blindado e uma minibomba de gases lacrimogêneos.

Fonte: Prensa Latina