Rússia exige que Liga Árabe explique o novo plano para a Síria
O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, exigiu nesta quarta-feira (25) à Liga Árabe (LA) um esclarecimento sobre seu recente esquema para solucionar a crise síria, o qual inclui a renúncia do presidente Bashar al-Assad.
Publicado 25/07/2012 16:02
"Trata-se de conhecer se seria aceitável para a Rússia ou não o que foi proposto recentemente em uma reunião extraordinária da Liga Árabe", sublinhou o diplomata russo, que destacou as contradições presentes no documento da referida organização regional.
Em primeiro lugar, no esquema da LA se fala de Al-Assad sair do poder em troca de garantias de segurança, para depois formar um governo de transição, explicou o ministro.
Alguns dentro dessa própria organização consideram que o gabinete transitório deve se formar exclusivamente com representantes da oposição e outros estimam que devem ser incluídos funcionários públicos do atual governo, destacou.
Lavrov afirmou que, por enquanto, não existe uma petição de nenhum representantes da LA para viajar a Moscou com o fim de abordar tal assunto.
Por outro lado, a chancelaria russa considera necessário saber se o pacote número 17 de sanções unilaterais aprovado pelo conselho de ministros do Exterior da União Europeia (UE) no passado domingo, em Bruxelas, respeita o direito internacional.
Uma nota oficial da instituição afirma que o novo bloco de restrições unilaterais dá o direito às nações da UE de inspecionar navios ou aviões de terceiros países se existe alguma suspeita de que transportam armas ou equipamentos anti-motim.
Isso, na realidade, constitui um bloqueio naval e aéreo que a UE impõe à Síria, sublinha o documento.
A Rússia lembra que não reconhece nenhuma medida unilateral, pois a considera contraprodutiva, já que é implementada em detrimento dos esforços para uma solução de paz na Síria, destaca o ministério russo de Exterior.
Além disso, tais normas não correspondem ao espírito e o conteúdo do plano do enviado especial para a Síria da ONU e da LA, Kofi Annan, aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU; nem ao comunicado final da conferência de Genebra sobre a Síria, enfatiza.
Fonte: Prensa Latina