Técnicos da UFBA e UFRB aguardam proposta do governo

Em reunião na tarde desta quinta-feira (26/7), os servidores técnico-administrativos das universidades federais da Bahia (UFBA) e do Recôncavo Baiano (UFRB) decidiram pela manutenção da greve da categoria, que já dura mais de 30 dias. No dia 31, às 17h, acontecerá um encontro no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em Brasília, entre a ministra Miriam Belchior e integrantes das comissões federais de Educação e Trabalho.

De acordo com a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), a reunião foi solicitada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, após verificar que as negociações tinham sido paralisadas. “A Comissão de Educação, por unanimidade, aprovou o pedido da audiência e a Comissão do Trabalho, também.”

Ela afirma que o objetivo da reunião é favorecer e facilitar a realização de negociações para que se constitua a possibilidade da resolução dos problemas que levaram até a greve nacional dos servidores das universidades. Alice completa que, na ocasião, “será tratado ainda do problema dos docentes, na medida em que o governo tem feito proposta para os professores, mas não apresenta para os servidores técnico-administrativos”.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA e UFRB (Assufba), até o momento não foi apresentada proposta alguma do governo federal para os trabalhadores federais. Dentre as principais reivindicações dos trabalhadores está o piso de três salários mínimos, acréscimo sobre o salário-base, contratação de mais professores e técnico-administrativos e melhorias nas dependências das universidades.

O coordenador de Imprensa da Assufba, Valmiro dos Santos, informou que foram realizadas 38 reuniões com o governo federal antes de deflagrar a greve da categoria. “Desde o início da paralisação, só tivemos um contato com o governo, que ocorreu na quinta-feira passada (19). Quem nos recebeu foi Sérgio Mendonça, secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. Mas, até agora, nada nos foi apresentado.”

Valmiro afirma que as matrículas estão suspensas e os estudantes também estão em greve, demonstrando apoio aos professores e técnicos. Segundo a Assufba, todas as terças-feiras acontecem reuniões com o comando de greve e as quintas-feiras são realizadas assembleias para avaliar as informações fornecidas pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e pela continuidade ou não da paralisação.

Atualmente, a UFBA conta com cerca de 5 mil servidores técnico-administrativo e a UFRB, com 400.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro