Lisboa defende manejo de jacaré no munícipio de Fonte Boa no AM

Na década de 60, o jacaré foi considerado uma fonte de renda ao caboclo das comunidades rurais do Amazonas. Sua caça indiscriminada por conta do couro valioso, quase o levou à extinção e somente por meio de uma Lei Federal, ainda na década de 60, sua captura foi proibida, e a espécie passou a ter proteção dos órgãos ambientais.

Desde então, o jacaré entrou na lista dos animais ameaçados de extinção. Com sua proibição assegurada, essa espécie durante 45 anos se multiplicou. Atualmente, sua quantidade é tanta, que virou até ameaça aos seres humanos.

Não é desconhecido da população, os ataques de jacarés a pescadores nas zonas rurais. Na região do município de Fonte Boa, distante 676 quilômetros da capital Manaus, onde o potencial de lagos é imensurável, certamente o número de jacarés é de grande proporção e assim sendo, há necessidade de manejá-los.

Com a Resolução Estadual da Secretaria Estadual de Produção Rural (SEPROR) e do Instituto de Patrimônio Ambiental do Amazonas (IPAAM) que trata da modificação dos crocodilos de serem enquadrados pelo Ministério da Agricultura, (que dá o mesmo tratamento que a espécie bovina) o jacaré passou a ser tratado como peixe e não mais como bovino.

Assim, o manejo se tornou igual aos manejos de lagos naturais. Dessa forma essa espécie se tornou como fonte de renda alternativa de tamanha proporção, que se obedecido a risca as regras de manejo, dará ao Estado, e principalmente ao município, uma solidez econômica nunca imaginada.

Em Fonte Boa, onde os manejos estão em fase avançada, será possível de uma vez por todas, que a população tenha acesso a essa fonte inesgotável, passando a mesma a ser responsável pela carne, carcaça e couro. Levando a geração de emprego e renda que o munícipio tanto precisa. Assim o conhecimento técnico, a capacitação, a tecnologia, associada ao manejo dessa espécie, irá tirar o município de Fonte Boa, da pobreza que a população esta submetida.

Dep. WILSON LISBOA