Bancários entregam pauta de reivindicação a Fenaban

O Comando Nacional dos Bancários, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), entregou ao presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2012, em São Paulo. As duas primeiras rodadas de negociação já estão marcadas para os dias 7 e 8, 15 e 16.

A entrega se deu na quarta-feira (1º) e entre os principais pontos da pauta destacam-se o reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada de 4,97% para o período), piso de R$ 2.416,38 (salário mínimo calculado pelo Dieese), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada.

Além do reajuste, a categoria também incluiu na pauta a defesa dos empregos, a preservação da saúde e a melhoria das condições de trabalho, combatendo as metas abusivas, o assédio moral e a falta de segurança nas agências e postos de atendimento.

O presidente da Fenaban, Murilo Portugal, declarou que a Convenção Coletiva é uma conquista não só dos bancários, mas também dos bancos. Ele reconheceu que "a situação dos bancos é positiva", citou o estudo do FMI atestando a solidez do sistema financeiro nacional e manifestou a esperança de que "as negociações deste ano sejam rápidas e exitosas para os dois lados".

Principais reivindicações dos bancários:

– Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.

– PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

– Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

– Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

– Auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 622,00.

– Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.

– Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

– Mais segurança nas agências e postos bancários.

– Previdência complementar para todos os bancários.

– Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

– Igualdade de oportunidades.

Fonte: Contraf-CUT