Rede Mulher terá ações reforçadas nas regiões administrativas

“A informação empodera a mulher. Com ela é possível evitar a discriminação e a violência. Casos essas situações sejam inevitáveis, a mulher informada saberá a quem recorrer. Por isso, o mutirão é muito importante. Ele informa e conscientiza”, disse Olgamir Amancia.

O Rede Mulher definiu uma série de ações para fortalecer o atendimento do GDF às mulheres. Em reunião na Residência Oficial de Águas Claras com todas as participantes do Comitê Intersetorial de Mulheres do GDF, foi reforçada a mobilização para expandir o Mutirão Rede Mulher.

Por meio de palestras e atividades de grupo, ele divulga entre as moradoras do DF informações sobre violência doméstica e oferece serviços especializados. De maio a julho deste ano já foram realizados 15 mutirões nas regiões administrativas, que mobilizaram 470 lideranças femininas. A meta da Secretaria da Mulher é atingir 800 delas até dezembro de 2012.

O mutirão integra o programa Rede Mulher. Criado com o objetivo de promover a emancipação e a autonomia das mulheres do Distrito Federal, especialmente daquelas vítimas de violência, o Rede Mulher é uma política pública intersetorial que envolve diversas secretarias. Dentre elas, as de Saúde, Educação, Segurança e Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), além de outros órgãos do governo.

O programa está organizado em vários eixos de atuação, como o de alfabetização, o de prevenção e tratamento do câncer de colo de útero e do câncer de mama e o de divulgação da Lei Maria da Penha.

A iniciativa da Secretaria da Mulher, combate uma situação cada vez mais noticiada no Brasil, a de agressões e assassinatos de mulheres. Segundo a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), o Distrito Federal ocupa 1º lugar no ranking de denúncias feitas pelo Disque 180.

A central de atendimento recebeu 303,14 ligações a cada grupo de 100 mil mulheres entre janeiro e março deste ano. Em seguida aparecem os estados do Espírito Santo (275,15 a cada 100 mil mulheres), Pará (270,54), de Mato Grosso do Sul (264,74) e da Bahia (264,03).

“O Rede Mulher e todas as iniciativas do GDF de apoio e proteção às mulheres são determinantes para impedir que as vítimas de violência se sintam desamparadas. Contando com informação e estrutura de auxílio, elas conseguem romper o ciclo que tanto as oprime”, disse Olgamir Amancia.

Atividades

No mutirão são ministradas palestras, como, por exemplo, “As Mulheres dão as Cartas”, na qual é esclarecida a Lei Maria da Penha, e oferecidas oficinas de prevenção à violência, além de dinâmicas de grupo. No encerramento, as participantes elaboram uma carta onde reforçam a importância da igualdade de gêneros e o respeito às conquistas femininas. A Secretaria da Mulher pretende reunir todos os documentos produzidos nos mutirões no livro “As cartas das Mulheres do Distrito Federal”.

O comitê intersetorial é presidido pela primeira-dama Ilza Queiroz. Fazem parte dele as secretárias de Comunicação Social, Samanta Sallum, da Igualdade Racial, Josefina dos Santos, a adjunta da Educação, Maria Luiza Fonseca do Valle, as primeiras-damas das administrações regionais, as administradoras regionais, as representantes de órgãos do GDF e demais lideranças.

Apoio e proteção

A Subsecretaria de Enfrentamento à Violência, da Secretaria da Mulher, garante às mulheres vítimas de violência três serviços de apoio e proteção. São eles:

– Centros de Referência de Atendimento à Mulher (Crams). Eles estão localizados na Rodoferroviária e na Estação do Metrô 102 Sul. São espaços de acolhimento, atenção psicológica, social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência. O atendimento pode ser feito pessoalmente ou por telefone (3901-7098 ou 3961-1514).

– Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd’s). Equipes multidisciplinares de profissionais das áreas de psicologia, serviço social e assistência jurídica atendem em nove unidades no DF. O acesso da população a esses núcleos ocorre por meio de encaminhamentos de diversas instituições como Programa Casa Abrigo, os juizados Especiais Criminais e Varas de Violência Doméstica do TJDF e Ministério Público do DF. Os Nafavd’s estão localizados em Brasília, Santa Maria, Gama, Ceilândia, Brazlândia, Planaltina, Samambaia, Paranoá e Núcleo Bandeirante.

– Casa Abrigo. Ela acolhe mulheres vítimas de violência que estejam sujeitas a risco de morte. O atendimento nesta unidade só ocorre por intermédio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) ou por determinação da Justiça. A delegacia de polícia deve oferecer transporte à mulher e a seus dependentes para deslocamento até a casa, ajudando, se necessário, na retirada de seus pertences do domicílio familiar.

Serviço: Disque Direitos Humanos da Mulher: 156 – opção 6