Seminário na Câmara avalia resultado da Rio+20

Para o ex-deputado e diretor-presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Defesa do Meio Ambiente (INMA), Aldo Arantes, a Rio+20 representou um avanço importante, principalmente pela defesa dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) do desenvolvimento sustentável em contraponto à economia verde de mercado defendida pela Europa como um modelo do grande capital para a saída da crise.

A avaliação do resultado da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) será feita no seminário “Rio+20: avaliação, desdobramentos e repercussões nas negociações internacionais sobre mudança global do clima”, que o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) e o INMA realizam nesta terça-feira (14) na Câmara dos Deputados em Brasília.

O encontro tem como objetivo fazer um balanço das resoluções da Rio+20 com relação às convergências e divergências entre os conceitos de desenvolvimento sustentável e economia verde, assim como as consequências no processo de negociação do regime climático internacional.

Além de Aldo Arantes, o encontro reunirá especialistas da área como o físico Luiz Pinguelli Rosa, secretário-executivo do Fórum, Marcos Freitas, do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG/Coppe), e do embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador brasileiro da Rio+20 e subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores. Está prevista ainda a participação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Mudanças climáticas

No seminário será lançado o livro “Mudanças Climáticas – fundamentos científicos e políticos”, contendo as discussões realizadas no Seminário Internacional sobre as Mudanças Climáticas, promovido pelo INMA e a Fundação Maurício Grabois, do PCdoB, em 2010.

O presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, disse, na abertura do evento, que as mudanças climáticas é um dos mais sérios problemas do século 21 porque diz respeito a sobrevivência da população e requer o compromisso de todos os povos. E que o aquecimento global vai ter conseqüência na vida das pessoas principalmente entre os povos mais pobres.

Ele fez críticas ao capitalismo pela busca voraz por lucro e defendeu mudanças profundas na sociedade, enfatizando que “somente com a construção de uma sociedade socialista é possível conseguir solução definitiva para a crise ambiental”.

Da Redação de Brasília