Justiça mantém condenação de corruptos do governo Arruda
A 2ª Turma Criminal do TJDFT manteve,dia 9 de agosto, a condenação criminal que foi imposta a Durval Barbosa e a Vagner Benk, ex-dirigentes da Codeplan, e aos empresários Alexandre Küsel, Jovair Ribeiro da Silva e Messias Antonio Ribeiro Neto.
Publicado 10/08/2012 10:23 | Editado 04/03/2020 16:41
Eles foram condenados por fraudes cometidas na Codeplan, durante o ano de 2005, na celebração de contratos emergenciais, totalizando mais de 64 milhões de reais, através da dispensa indevida de licitações, por não terem observado os procedimentos legais previstos na legislação de regência.
Durval Barbosa confessou ao Ministério Público que armou um esquema criminoso na Codeplan, para fraudar licitações, para arrecadar dinheiro para o ex-governador José Roberto Arruda. Afirmou que os empresários que com ele foram denunciados fizeram parte do esquema, para burlar a lei de licitações.
Segundo a denúncia do Ministério Público, as empresas envolvidas com o esquema criminoso foram a Sapiens IT – Tecnologia da Informação Ltda, a Patamar Manutenção de Domínios Ltda, a Victoria Administradora de Bens e Participações Ltda, a Terra Santa Investimentos e Participações Ltda, a Tecnolink Informática e Telecomunicações Ltda e a Interneting Consultoria e Comércio Ltda.
Beneficiando ex-governador Arruda
O relator dos recursos, desembargador Roberval Belinati, sustentou a manutenção da condenação dos réus, assinalando que a prova documental constante dos autos e a confissão de Durval Barbosa e de Vagner Benk não deixaram qualquer dúvida sobre a ocorrência das fraudes e do desvio de dinheiro público. O revisor dos recursos,desembargador Silvânio Barbosa dos Santos, e o vogal, desembargador João Timóteo de Oliveira, acompanharam o voto do relator.
Durval Barbosa restou condenado a 2 anos e 2 meses de detenção, no regime aberto, com pena privativa de liberdade substituída por restritivas de direito. Vagner Benk foi condenado a 3 anos de detenção, também com a pena privativa substituída por restritivas de direito.
As penas foram fixadas em menor extensão aos ex-dirigentes da Codeplan, porque eles foram beneficiados com a redução da pena determinada pela delação premiada, o que não aconteceu com os outros réus, que não fizeram acordo com o Ministério Público.
Messias Antônio Ribeiro Neto foi condenado a 5 anos e 5 meses de detenção pelas fraudes nas licitações e 1 ano e 2 meses de reclusão pelo crime de quadrilha. Jovair Ribeiro da Silva recebeu 3 anos e 9 meses de detenção pelas fraudes e também 1 ano de reclusão pelo crime de quadrilha. Alexandre Küsel foi condenado a 5 anos de detenção pelas fraudes e também 1 ano de reclusão pelo crime de quadrilha. Foi estabelecido a eles o regime semiaberto para o cumprimento das penas. Eles também foram condenados ao pagamento de multa, fixada entre 400 mil e 1 milhão e 200 mil reais.