No Paraguai começa Fórum Social de Resistência 

Nesta terça-feira (14), iniciou-se o primeiro dia do Fórum Social, organizado pelo movimento Paraguai Resiste. A manifestação contará com a presença de participantes estrangeiros e entre as ações planejadas está a realização de marchas de protesto contra o governo golpista, que destituiu o presidente Fernando Lugo, em junho. 

Em plena praça pública, em frente às instalações do Congresso Nacional, delegados de movimentos sociais de todo o país têm a seu cargo as deliberações sobre temas candentes da atualidade nacional relacionados com a conformação de uma estratégia unitária de luta.


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Os debates contam com 12 mesas de trabalho, as quais acolherão representantes de organizações de trabalhadores, estudantes, camponeses, indígenas e políticas, convocadas ao se cumprir 475 anos da fundação de Assunção.

O apelo do Paraguai Resiste para a realização das jornadas desta terça-feira (14) e quarta-feira (15) destaca que se pretende a presença de organizações sociais de todo o país, com vistas a uma articulação de esforços em defesa de suas conquistas sociais e reivindicações históricas.

Os cinco grandes temas a tratar se referem a Soberania e Reforma Agrária, Direitos Humanos, Inclusão, Segurança e Proteção Social, Criminalização das Lutas Sociais e Ambiente e Sustentabilidade.

Claro está que todo esse debate tem como pano de fundo a resistência cidadã ao que denominam golpe de Estado parlamentar, executado no último 22 de junho com o julgamento político e destituição do presidente da República, Fernando Lugo.

Como parte da inédita reunião, a cada um dos dois dias de sua duração, desenvolver-se-á uma marcha pelas ruas do centro desta capital, com o objetivo de mostrar a rejeição ao governo que assumiu o poder depois da destituição de Lugo e ao qual qualificam de golpista e ilegal.

Várias organizações que participam do Fórum anunciaram que irão às ruas com cartazes e caras pintadas contra o Executivo, encabeçado por Federico Franco, para dar maior expressão à condenação que sofre em nível nacional e ao isolamento internacional ao qual está submetido.

Fonte: Prensa Latina