Eleito em 2008, o ex-bispo católico Fernando Lugo chegou à presidência do Paraguai rompendo com seis décadas do conservador Partido Colorado à frente do governo, sendo 35 anos de uma ditadura militar. Para alcançar a vitória, a Aliança Patriótica para a Mudança formou uma coligação entre setores populares e partidos políticos, inclusive o Partido Liberal.
Por Paola Estrada
Depois do longo período de ditaduras militares, a América Latina vive ciclos de instabilidade política por meio de impeachments, deposições ou renúncias forçadas, muitas vezes provocados por escândalos de corrupção e crises econômicas. Além de Dilma Rousseff, cujo impeachment foi confirmado nesta quarta-feira (31) pelo Senado, outros 15 presidentes latino-americanos eleitos não conseguiram terminar o seu mandato desde 1990.
Tem sido corriqueira e comum a comparação do golpe em curso no Brasil com aquele perpetrado no Paraguai. De alguma maneira a ação coordenada entre os meios de comunicação, Poder Judiciário e o parlamento na desestabilização de governos democraticamente eleitos em um processo de julgamento político tem sido designado “Golpe Paraguaio”.
Por Mateus Fiorentini*
Há exatos quatro anos o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, assistia ao golpe de Estado contra si mesmo por uma televisão em seu gabinete no palácio de governo. Do lado de fora, atiradores de elite apontavam armas de fogo contra os manifestantes que lutavam pela democracia. A primeira ação dos golpistas foi atacar os movimentos sociais. Estava anunciado o tom do próximo governo.
Por Mariana Serafini
Foi-se o tempo que os Golpes de Estado chegavam a bordo de tanques de guerra. Agora são chamados de “golpes brancos”, e são elaborados com um tripé básico: grande imprensa, judiciário e oposição bem articulada. Em 2009 o presidente eleito democraticamente Manuel Zelaya foi deposto em Honduras, apenas três anos depois, em 2012, Fernando Lugo sofria um julgamento político e deixava a presidência do Paraguai. Quatro anos mais tarde o alvo é o Brasil.
Por Mariana Serafini
A presidenta Dilma Rousseff alertou, em outubro de 2015, sobre uma tentativa de “golpe à paraguaia” que começava a ser planejado no Brasil. A advertência foi feita apenas um ano depois de seu triunfo eleitoral, quando 54 milhões de brasileiros optaram pelo PT, derrotando uma vez mais o PSDB.
Por Juan Manuel Karg*, no RussiaToday
Não se tratasse de política, poderíamos afirmar que é uma coincidência, mas isso dificilmente existe quando é este o caso. A mesma embaixadora dos Estados Unidos que serviu no Paraguai até meses antes do golpe é a responsável pelo Brasil neste momento de crise política no país.
Por Mariana Serafini
O Paraguai acompanha, uma vez mais, a tentativa da Justiça de condenar os camponeses acusados pelo Massacre de Curuguaty sem provas. Na audiência realizada nesta quarta-feira (2), o novo defensor da causa, Albino Ramírez, solicitou novamente o adiamento do processo, ele alegou que teve pouco tempo para conhecer o caso. Isso porque, há um mês os presos políticos pediram a troca de seus advogados, e desde então o julgamento vem sendo postergado.
Por Mariana Serafini
O Paraguai acompanha, uma vez mais, a tentativa da Justiça de condenar os campesinos acusados pelo Massacre de Curuguaty com provas insuficientes. Na audiência realizada nesta quarta-feira (2), o novo defensor da causa, Albino Ramírez solicitou um novo adiamento do processo, ele alegou pouto tempo para ter conhecido do caso. Isso porque, há um mês os presos políticos pediram a troca de seus advogados, e desde então o julgamento vem sendo postergado.
Por Mariana Serafini
Mais uma vez o julgamento dos presos políticos do Paraguai pelo Massacre de Curuguaty foi adiado. Durante a audiência realizada na manhã desta segunda-feira (27) os acusados solicitaram trocar os advogados de defesa.
Há três anos o Paraguai levava um golpe. Não se tratava do golpe de Estado contra o presidente Lugo, ainda. Antes deste, o povo paraguaio foi golpeado pelo latifúndio. No dia 15 de junho de 2012 as famílias que viviam no assentamento Marina Kue, em Curuguaty, foram surpreendidas por um aparato policial digno de produção hollywoodiana, cuja missão era desocupar a área. Não pouparam de violência e o saldo desta ação foi a morte de 11 camponeses e seis policiais. Todos pobres.
Por Mariana Serafini
Imaginemos um país com um sistema político frágil, marcado por uma longa ditadura e um governo progressista razoavelmente novo onde o Executivo ainda é cercado por um parlamento reacionário. Neste país a elite defende seus interesses e trabalha para manter a dominação imperialista, enquanto isso, o povo – que escolheu o caminho da justiça e da igualdade e social por meio de eleições democráticas – tenta, a duras penas, garantir a legitimidade de seu voto.
Por Mariana Serafini