Rio recebe Conferência Internacional sobre Memória

Para debater o resgate histórico e a memória de períodos autoritários, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, o Memória Aberta de Buenos Aires e a Coalisão Internacional de Sítios de Consciência promovem esta semana – de 14 a 17 – a Conferência Internacional Memória: América Latina em Perspectiva Internacional e Comparada, no Rio de Janeiro. 

A conferência reunirá na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ) autoridades e especialistas de diversos países para discutir iniciativas e trocar experiências sobre o tema. A cerimônia de abertura será nesta terça-feira (14), às 19 horas, seguida do painel Memória, Ética e Transformação, com Doudou Diène, perito independente da ONU para Costa do Marfim e ex-relator especial sobre formas contemporâneas de discriminação racial, xenofobia e intolerância.

Na sequência haverá lançamento de seis livros, dentre os quais, 68 – A Geração que queria mudar o mundo, financiado pelo projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia, e Poemas Quebrados do Cárcere, de Gilney Viana.

Na quarta-feira, às 17h30, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, apresentam o memorial da Anistia Política e Políticas de Memória do Ministério da Justiça.

A programação do evento prevê para quinta-feira (16), às 9 horas, o painel Comparando Iniciativas de Memória no Cenário Internacional, com Mandy Sanger, do museu do sexto distrito da África do Sul; Maurice Politi, do Núcleo de Preservação da Memória Política de São Paulo; Maja Cecen, da Fundação B92 da Sérvia.

Às 11h30, está previsto o painel Comparando Iniciativas de Memória na América Latina, com Katia Filippini do Memorial da Resistência do Brasil; Valéria Barbuto, do Memoria Abierta de Buenos Aires, e Narvaez Vargas, da Associação Caminhos da Memoria do Peru.

À tarde, está prevista a exibição do filme Repare Bem, da atriz e diretora portuguesa Maria de Medeiros, que conta a história de uma família perseguida pela ditadura e exilada na Itália.

Na sexta-feira, o encontro encerra com a realização da 61ª Caravana da Anistia, que apreciará quatro (ou cinco) pedidos de anistia política de cidadãos perseguidos entre 1946 e 1988. A palestra de encerramento abordará O papel da memória na atual agenda de Direitos Humanos, com Patrícia Valdez, da Coalizão Internacional de Sítios de Consciência.

O evento é gratuito e não requer inscrição prévia. Também haverá transmissão pela internet.