Servidores da AGU podem entrar em greve no dia 22

Servidores da Advocacia-Geral da União (AGU) podem ser os próximos a aderirem à greve da categoria, que já dura cerca de três meses. A advocacia pública federal reúne as carreiras de advogado da União, procurador federal, da Fazenda e do Banco Central. Em caso de paralisação, a AGU é responsável pela análise jurídica dos contratos que envolvem obras para a Copa, Olimpíadas e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além disso, também pode cair a arrecadação dos tributos em juízo.

Até o início da próxima semana, associações e sindicatos dos servidores farão consultas e assembleias para decidir contra ou a favor da paralisação. Segundo a União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe), entidade que reúne 1,8 mil dos 8 mil trabalhadores do setor, a greve pode ser deflagrada na quarta-feira (22). 

A entidade também está fazendo uma consulta eletrônica, no site da Unafe, com os associados sobre a deflagração ou não da greve. Na sexta-feira (17) haverá fará uma assembleia para confirmar o resultado.

Em nota, a Unafe afirma que as carreiras da advocacia pública federal dialogam com o governo há dois anos sem obter proposta concreta de aumento salarial.

Os servidores reivindicam equiparação salarial com a magistratura e com membros do Ministério Público Federal. De acordo com a argumentação da classe, a Constituição federal regula a função deles no mesmo patamar do pessoal do MPF. No entanto, possuem salários até 40% menores. Outro ponto que faz parte da argumentação da pauta de reivindicações é que 22 unidades da Federação pagam aos advogados estaduais salários melhores do que os oferecidos pela União.

A entidade representativa reivindica que o governo abre negociações com os advogados públicos federais, marcando uma mesa de negociação. A Secretaria de Relações do Trabalho, do Ministério do Planejamento, disse que estuda uma reunião para os próximos dias. Entre hoje e amanhã estão agendadas rodadas de negociação com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), este para tratar sobre as reivindicações da Imprensa Nacional. Outra divisão dos servidores que deve ser recebida nos próximos dias é a dos trabalhadores das agências nacionais de regulação (Sinagências).

A AGU tem entrado com ações para garantir o funcionamento dos órgãos públicos federais, paralisados por conta das greves, como nesta quinta-feira, para a manutenção de serviços básicos durante a greve dos fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. .

Da Redação,
Deborah Moreira