Chile: estudantes são presos em protesto por ensino de qualidade

Cerca de 200 estudantes chilenos foram detidos nas últimas 72 horas em operações de desocupação policial em colégios tomados pelos jovens que querem uma educação universal e gratuita.

 
Alunos do ensino médio mantém ocupados várias escolas de Santiago, em meio a uma reativação das mobilizações estudantis e preparação de várias jornadas de protesto, incluindo uma greve nacional, anunciada para o próximo 28 de agosto.

O prefeito de Santiago Pablo Zalaquett deu sinal verde para as desocupações e não descartou colocar as forças especiais diante das escolas para evitar novas tomas. Ele aspira reeleger-se nas eleições municipais em outubro, admitiu inclusive que sua postura pode custar alguns votos “Não faço cálculos eleitorais, sei que isso vai ter custos para mim, mas atuo por convicção”, expressou em entrevista para a imprensa local.

A porta-voz da Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundários, Elosísa González, declarou que as medidas de pressão do prefeito deveriam ser dirigidas contra o ministro de Educação, Harald Beyer, “porque os estudantes não se mobilizam sem razão, mas pela nula resposta de suas demandas”.

Nesta sexta-feira (17) as tomas se estenderam para os centros universitários, ao amanhecer ocupada a Casa Central da Universidade do Chile, situada no centro de Santiago, perto do Palácio do Governo.

As organizações de estudantes universitários e secundários do Chile ratificaram no último fim de semana a continuação da agenda de mobilizações contra a mercantilização do ensino em um dos países que é um dos mais desiguais.

Fonte: Prensa Latina