Estudantes chilenos rejeitam proposta de reforma tributária

Líderes estudantes chilenos continuam acrescentando argumentos contra um projeto de reforma tributária em trâmite legislativo, defendido pelo governo como via de financiamento a educação.

Em carta dirigida ao Senado, onde entrou em segundo trâmite constitucional a polêmica iniciativa, a dirigente universitária Camila Vallejo chamou os parlamentares a votarem contra o que considerou um ajuste tributário regressivo.

"(O projeto) está orientado a financiar uma suposta reforma educacional que simplesmente mantém a lógica mercantil, privatizadora e segregadora do sistema educacional atual”, afirmou a vice-presidenta da Federação de Estudantes da Universidade do Chile.

Camila considerou vergonhoso que na semana passada a Câmara de Deputados tenha aprovado a legislação, logo que os representantes dos partidos opositores se comprometeram com o movimento estudantil a desaprová-la.

"A direita, graças a setores da Coalizão e Independentes, teve o primeiro triunfo em levar adiante esse projeto que constitui um engano para a sociedade chilena", afirmou.

A jovem apontou que a ideia do Executivo vai em detrimento da educação pública e propõe aprofundar a lógica do subsídio a demanda, o que, alegou, constitui um benefício a ganância privada e um mal uso de recursos públicos.

Camila disse que diante da opinião pública o Congresso perdeu legitimidade por votações contra o desejo cidadã e pediu por isso para os senadores procedessem desta vez em sintonia com o desejo popular e que desaprovassem a anunciada reforma tributária.

Fonte: Adital