Reino Unido pede calma mas mantém cerco à embaixada

De acordo com o jornal Daily Mail, Cameron, que encontra-se de férias na ilha espanhola de Mallorca, chamou seu ministro de Relações Exteriores, William Hague, para solicitar-lhe que baixasse o tom da querela com Quito.

Nesta quinta-feira, o Equador concedeu asilo político a Assange ao considerar que sua vida corre perigo se for extraditado à Suécia, devido à ameaça de uma posterior deportação aos Estados Unidos, país onde não existem garantias de um julgamento justo para o fundador do Wikileaks, segundo considera Quito.

De acordo com uma fonte oficial citada pelo jornal britânico, a mensagem de Cameron a Hague foi: "acalme já esta disputa".

No entanto, diante do enorme aparato de segurança mobilizado pela Scotland Yard, o clima de tensões aumenta em torno da sede diplomática equatoriana em Londres, onde o jornalista australiano está há quase dois meses, para evitar que seja entregue às autoridades suecas por supostos delitos sexuais.

Asilado desde 19 de junho na embaixada equatoriana, depois de sua detenção em 2010 pela polícia britânica, Assange opõe-se a sua entrega à nação nórdica e defende sua inocência diante do que considera uma manobra dos Estados Unidos para prendê-lo por vazar cerca de 25 mil telegramas com informações secretas desse país.

Enquanto isso, a Scotland Yard mantém cerca de 40 agentes armados no perímetro que rodeia a missão diplomática equatoriana, para assegurar que o editor de 41 anos não escape dessa dependência, como parte de uma operação de segurança que custa aos cofres públicos cerca de 79 mil dólares por dia.

Por enquanto, Londres persiste em sua postura de negar um salvo-conduto a Assange para que viaje ao Equador, ao alegar que sua obrigação é entregá-lo à Suécia.

Fonte: Prensa Latina