Lavrov critica manobras para "obstruir integração na CEI"

O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, criticou nesta segunda-feira (20) as tentativas de obstruir os processo de integração dentro do espaço da Comunidade de Estados Independentes (CEI), informou uma emissora finlandesa de televisão.

"Moscou não entende a desconfiança com que alguns sócios ocidentais observam os processos de cooperação no espaço pós-soviético", declarou Lavrov ao intervir em uma conferência aberta de embaixadores finlandeses em Helsinki.

"Para nós, constitui um axioma que se reconheçam os processos regionais de integração como parte de um mundo multipolar", estimou.

Analisamos as tentativas de colocar em dúvida as vantagens econômicas de tais esforços e de realizar "cortes geopolíticos" na CEI, em um esquema orientado a estimular o desenvolvimento de vínculos fora dessa entidade regional, em lugar de potencializar a integração, apontou Lavrov.

"Existe algum grupo de países no mundo com tantos vínculos históricos a todos os níveis e de tipo econômico, cultural e civilizacional como as nações do espaço pós-soviético?", perguntou o diplomata russo.

Durante sua intervenção, Lavrov se referiu também às perspectivas de regime sem visto entre a Rússia e a União Europeia e afirmou que seu país fará o que for possível para cumprir os "passos conjuntos" para conseguir avanços nesse sentido.

Ao se referir a um recente caso judicial, com ampla repercussão na região, opinou que o julgamento de três integrantes do grupo de música punk "Pussy Riot" é necessário ater-se à decisão do juiz do tribunal moscovita e "evitar a histeria em torno ao caso".

O ministro russo de Relações Exteriores recordou que na Finlândia também são castigados com penas de prisão os atos contra os símbolos religiosos.

As três membros da banda "Pussy Riot" foram condenadas neste fim de semana a dois anos de prisão por causa da realização de um ato de agravo a ritos religiosos ortodoxos, depois de realizar uma "missa punk" no altar da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou.

Fonte: Prensa Latina