Rafael Correa agradece apoio de países latino-americanos

O presidente Rafael Correa manifestou nesta segunda-feira (20) seu agradecimento aos povos latino-americanos pelo apoio dado ao Equador depois que esta nação foi ameaçada pelo Reino Unido de invadir sua embaixada em Londres se concedesse asilo ao fundador do Wikileaks, o jornalista australiano Julian Assange.

Em sua conta do Twitter – @MashiRafael -, o mandatário escreveu: "Impressionante solidariedade de povos latino-americanos. A Pátria Grande continua consolidando-se. O sonho de Bolívar, Martí, Alfaro se realiza!".

No último fim de semana, os países membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) apoiaram a decisão do Equador de conceder o asilo a Assange.

Por sua parte, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, considerou indispensável que a Organização dos Estados Americanos (OEA) se pronuncie a respeito.

Em uma entrevista concedida à TV Gamavision, o ministro explicou: "Sabemos as limitações que a OEA tem, as complicações inclusive que se produziram a respeito de seu comportamento em períodos anteriores, mas cremos que em um caso como este é indispensável que haja uma reação, não da nossa parte, mas da OEA, que defenda um país que está sendo ameaçado".

Patiño também afirmou que seu país está disposto a dialogar com a administração britânica, que se nega a entregar o salvo-conduto a Assange para que viaje ao Equador.

Desde 19 junho o fundador do Wikileaks se encontra refugiado na embaixada equatoriana em Londres, já que o Reino Unido poderia extraditá-lo para a Suécia, onde é acusado por supostos delitos sexuais.

Na próxima sexta-feira, os chanceleres da OEA se reunirão em Washington, Estados Unidos, para tratar da situação que o Equador vive atualmente depois de receber uma comunicação na qual a Grã Bretanha ameaçava invadir a sua sede diplomática em Londres.

Patiño afirmou que a ameaça britânica continua vigente. "Nós recebemos essa comunicação e não recebemos uma retirada da mesma".
O chanceler equatoriano disse que seu governo aposta em "continuar com um trabalho de diálogo com o Reino Unido. Recorrer à Corte Internacional de Justiça de Haya é o caminho que nos restaria depois".

Agência Venezuelana de Notícias