São Paulo poderá ter segundo turno sem Serra

Nova pesquisa Datafolha, realizada nesta segunda-feira (20), na capital paulista, aponta queda vertiginosa do candidato tucano José Serra, que perdeu a liderança das pesquisas pela primeira vez. Analistas consideram que o alto índice e crescente de rejeição do candidato é o responsável pela inversão do cenário.

Serra - R7

Segundo o colunista Luís Nassif, um dos cenários possíveis na capital paulista é, com o início do horário eleitoral, o candidato petista Fernando Haddad, hoje ainda desconhecido de parte do eleitorado, ser identificado pelo eleitorado como “o novo” e assim capitalizar o voto dos descontentes que querem mudanças em São Paulo.

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Aliás, o início do horário eleitoral marca o início de fato da corrida pela Prefeitura. Segundo Nassif, por um lado, a propaganda gratuita beneficia Fernando Haddad por imprimir à sua imagem as de Lula e Dilma. Por outro lado, prejudica Serra. “Por mais que os marqueteiros cometam malabarismos, não haverá como não expor o candidato aos eleitores. E, devido à campanha extremamente pesada e desgastante de 2010, a imagem de Serra ficou saturada. Seu rosto, fala, tiques, ampliarão o índice de rejeição”, observa o colunista.

“A campanha de Serra agiu de modo inteligente escondendo o candidato até agora, na medida do possível, sabendo que cada aparição de Serra aumentaria seus índices de rejeição”, avalia Nassif. Ele chega a alinhar entre os atuais cenários possíveis, um segundo turno sem José Serra, seria entre Haddad e Celso Russomano (PRB).

O fato é que não dá para esconder a campanha de Serra dele mesmo. Assim, o futuro de São Paulo dependerá do fôlego de Haddad de subir pelo menos 20 pontos nos 45 dias que restam até as eleições de 7 de outubro.

Da Redação do Vermelho