“3×4” vence o Prêmio Lila Ripoll de 2012

Este ano os vencedores do Prêmio Lila Ripoll de Poesia, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foram os poetas Amaro Flores Castilhos, de Cachoeirinha, RS (1º lugar, com a obra "3×4"), Denise Martins Freitas, de Porto Alegre, RS (2º lugar com o "Linguagem e Semelhança") e Reginaldo Costa de Albuquerque, de Campo Grande, MS (3º lugar, com "Cadeira de Balanço").

Comissão julgadora Lila Ripoll

Este ano os vencedores do Prêmio Lila Ripoll de Poesia, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foram os poetas Amaro Flores Castilhos, de Cachoeirinha, RS (1º lugar, com a obra "3×4"), Denise Martins Freitas, de Porto Alegre, RS (2º lugar com o "Linguagem e Semelhança") e Reginaldo Costa de Albuquerque, de Campo Grande, MS (3º lugar, com "Cadeira de Balanço").

O Prêmio Lila Ripoll que, na versão de 2012 teve 228 inscrições de 97 autores, foi instituído por iniciativa da deputada comunista Jussara Cony em 2004, para homenagear o centenário da poeta gaúcha, e igualmente comunista, Lila Ripoll, que ocorreria em 2005.

Além dos três primeiros lugares, a comissão julgadora escolheu também outros dez autores, que mereceram menção honrosa: – Álvaro Santestevan, Camaquã, RS (poema Aprendizado), André Neves de Assis, Esteio, RS (Para Frida Kahlo), Denise Martins Freitas, Porto Alegre, RS (visão de espécie alguma), Elroucian Ucayali Santos da Motta, Porto Alegre (Paradoxo), Geraldo Trombin, Americana, SP (Leminskiando), Gerci Oliveira Godoy, Porto Alegre (Gota de elixir), Maria Barbiero Venite, Santa Maria, RS (esconde-esconde), Maria Pacheco Scherer, Porto Alegre (Teatino), Marina Martinez, Porto Alegre (Acróstico para Lila), Selma Nanci Feltrin, Porto Alegre (Partida).

O conjunto das treze obras premiadas vai compor uma coletânea que será lançada e distribuída gratuitamente na Feira do Livro de Porto Alegre, em outubro.

Lila Ripoll

Lila Ripoll (1905-1967), gaúcha de Quaraí, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil em 1934. Poeta, professora, pianista, jornalista e militantes sindical. A década de 1930 ligou-se ao grupo de escritores que estava renovando a literatura gaúcha, entre eles Dyonélio Machado, Reinaldo Moura, Manuelito de Ornelas e Cyro Martins que foram parte da chamada Geração de 30.

Militantes da Frente Intelectual do Partido Comunista, foi diretora do departamento cultural do Sindicato dos Metalúrgicos em Porto Alegre. Seu primeiro livro surgiu em 1938 (De Mãos Postas), muito elogiado pela crítica. Depois vieram Céu Vazio (1941, que recebeu o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras). Em 1951 publicou Novos Poemas, que recebeu o Prêmio Pablo Neruda da Paz, em Praga, na Tchecoslováquia. Seu último livro foi Águas Móveis (1965).

Com a legalização do Partido, em 1945, passou a atuar abertamente na luta democrática e operária; em 1950, foi candidata (por outra legenda) a deputada, não conseguindo contudo se eleger. Após o golpe militar de 1964 foi presa mas logo liberada em virtude do câncer que sofria e que a levou as 61 anos de idade, em 1967.

José Carlos Ruy,
com informações da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, do deputado Raul Carrion e do jornal Correio do Povo.