Movimento dos Não Alinhados: Força de oposição ao imperialismo

A 16ª reunião de cúpula do Movimento dos Países Não Alinhados se realiza em Teerã nos dias 29 e 30 de agosto. É um grande acontecimento politico que será acompanhado pelo Portal Vermelho, em cooperação com a agência noticiosa iraniana Irna e a agência de notícias dos países não alinhados. Diariamente, informaremos e analisaremos o desenvolvimento da reunião.

A Cúpula dos Países Não Alinhados contará com a presença do secretário-geral da ONU e de representantes de 150 países, assim como de convidados especiais e enviados de organizações políticas e sociais.

Mais de 50 chefes de Estado e de governo estarão presentes, segundo os organizadores. Entre eles presidentes, primeiros-ministros e monarcas.

O Movimento dos Países Não Alinhados é uma organização internacional de Estados que se consideram não formalmente alinhados a favor ou contra qualquer bloco e grande potência. É o maior grupo de países depois da ONU.
Os membros do Movimento dos Países Não Alinhados representam dois terços dos integrantes da ONU e compreendem 55% da população mundial, particularmente os países considerados em desenvolvimento ou parte do Terceiro Mundo.

O Movimento dos Países Não Alinhados é constituído por 120 Estados-membros e 17 países-observadores.

As origens deste Movimento remontam a abril de 1955, quando 29 países asiáticos e africanos participaram da Conferência de Bandung, na Indonésia. A primeira conferência do Movimento dos Países Não Alinhados foi realizada em setembro de 1961, em Belgrado, antiga Iugoslávia, com a presença de representantes de 25 países.

O Movimento dos Países Não Alinhados é uma organização política, cuja plataforma sempre foi a luta contra o colonialismo e o imperialismo, por uma nova ordem econômica e política internacional. Frequentemente, esses países se pronunciam sobre temas candentes da política internacional, como por exemplo, contra o bloqueio estadunidense a Cuba. O movimento também exige a reforma das organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O Movimento dos Países Não Alinhados permanece atual. Entre as suas prioridades está a luta pela paz mundial, pelo desarmamento, contra o hegemonismo das grandes potências, o neoliberalismo e pelo desenvolvimento sustentável das nações subdesenvolvidas e em desenvolvimento.

Na atualidade, quando recrudescem as ameaças de guerra e ações intervencionistas por parte do imperialismo estadunidense, seus aliados da Otan e os sionistas israelenses, o Movimento dos Países Não Alinhados pode desempenhar importante papel a favor da resistência dos países e povos que lutam para defender a sua soberania e conjurar os perigos advindos da ação imperialista das grandes potências.

A realização da Cúpula dos países não alinhados no Irã atribui-lhe um significado especial, porquanto este país está no alvo de uma brutal ofensiva por parte dos Estados Unidos e Israel.

O êxito desta cúpula mostrará quem está isolado na cena internacional e se ainda há lugar no mundo para políticas intervencionistas e belicistas, para o neocolonialismo, a opressão de nações independentes e povos e as políticas de extermínio. Não alimentamos a menor dúvida quanto a isto. A unidade anti-imperialista será a tônica na Cúpula de Teerã.

José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho