Só os sírios podem resolver seus próprios problemas, diz ministro

A televisão síria dedicou nesta segunda-feira um amplo espaço para as declarações do ministro de Estado para Assuntos da Reconciliação Nacional, Ali Haidar, sobre a necessidade de que os problemas da Síria sejam resolvidos entre seus próprios habitantes.

Em declarações dadas em Teerã, capital do Irã, onde se celebra a 16ª Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados (NOAL), Haidar apoiou as posições do Irã contra a ingerência estrangeira e para a detenção da violência.

Durante uma coletiva de imprensa dada na capital iraniana, o titular da pasta se pronunciou contra qualquer chamado à intervenção externa e disse que a posição ocidental nesse sentido tem como objetivo fragmentar a região.

O ministro também informou que a liderança síria avança no rumo de uma solução política da crise que vive o país e que ela é apoiada pelas autoridades persas.

"Qualquer arranjo político deve ser baseado na prevenção da intervenção estrangeira e o repúdio da violência de qualquer parte", sublinhou o titular.

"Ainda assim, essa solução deve ser obtida pelos sírios sem a interferência extrerna, para preservar a unidade do povo", sublinhou.

Haidar explicou a necessidade de distinguir entre o processo político em seu conjunto e o diálogo nacional, que é um dos eixos do processo político e um método para encontrar maneiras seguras de sair da crise.

Sobre a insistência dos Estados Unidos e algumas nações ocidentais, que condicionam uma solução à saída do presidente Bashar al-Assad do governo, o ministro disse que essa demanda é inaceitavel, pois é proveniente do exterior.

"É uma ingerência nos assuntos internos do país e viola o direito à livre determinação", sublinhou.

"Ninguém tem direito a decidir os mecanismos de mudança que os sírios utilizarão e todas as sugestões, como a de renúncia, fase de transição, governo de transição ou de outro tipo, serão rechaçadas", sublinhou.

Diversos meios de comunicação destacam os comentários de Haidar sobre o único método aceitável, que é o de auxiliar os sírios a iniciar um diálogo, abandonar as armas e adotar um processo político inclusivo e sem imposições.

Fonte: Prensa Latina