Paraguaios marcham por reforma agrária e contra transgênicos

Nesta quarta-feira (29), vários camponeses e índigenas paraguaios participaram de uma marcha que recorreu as principais ruas do centro de Assunção reclamando uma reforma agrária integral e sinalizando como golpista o governo atual.

 
Vindos de várias cidades da nação guarani e agrupados na Coordenadora de Organizações Camponesas e Indígenas do Paraguai, os manifestantes levaram bandeiras e cartazes com suas consignas, entre elas o repúdio  à criminalização das lutas sociais pelo Executivo. 

A manifestação foi a primeira de um anunciado plano de mobilização das centrais camponesas com motivo da recente autorização oficial da importação de sementes transgênicas para semear o algodão impulsionada pelas negociações com a multinacional estadunidense Monsanto.

“Transgênicos são iguais a morte”, apontou uma das consignas ao expressar assim o critério dos camponeses sobre o dano para as pessoas, o meio ambiente e a terra pelo cultivo dos transgênicos, que são acompanhados de agrotóxicos muito agressivos, também comercializados pela Monsanto.

A marcha foi até os escritórios do Instituto de Desenvolvimento Rural e a Terra, solicitando o fim dos desalojamentos de camponeses sem terra e o fortalecimento da agricultura familiar, ao invés de favorecer aos latifundiários nas mãos de grandes empresários exportadores.

Outra parada que os manifestantes fizeram foi diante do ministério da Agricultura e ali, junto as demandas anteriores, disseram que continuarão sua luta pela reforma agrária integral e um desenvolvimento sustentável para a produção do campo paraguaio.

A Coordenadora destacou que as mobilizações deste tipo continuarão na capital e em outras cidades dos Paraguai e ratificou a condenação ao governo que tomou posse após a interrupção do processo democrático no país, em junho.

Fonte: Prensa Latina