BRB baixa juros e aumenta lucros

O Banco de Brasília (BRB) mostrou que é possível crescer cortando os juros para o cliente.

Primeiro banco a reduzir as taxas, no dia 8 de março deste ano, teve maior lucro da sua história no primeiro semestre de 2012, com R$ 115 milhões. Além do ganho inédito, o banco inaugurou duas agências e um ponto de atendimento neste ano.

"O Banco tem que pedalar. Não podemos ficar, em nenhum aspecto, parado", explica o presidente do BRB, Jacques Pena. O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Agnelo, comemora o resultado que, segundo ele, em condições normais não seria excepcional, mas considerando a atual situação econômica do país, com redução nas taxas de juros, e os índices de outros bancos, merece destaque. "Crescemos mesmo com o aumento de competição deste semestre", destaca Pena.

Além do lucro recorde, o banco apresenta uma série de crescimento histórico desde 2009. Desde janeiro, a carteira de crédito cresceu 28,18%, os ativos totais 10,18%, a rentabilidade está na casa dos 18% há três anos e o patrimônio líquido alcançou R$ 869,78 milhões, 9,29% maior do que no primeiro semestre do ano passado.

Na coletiva para a divulgação dos resultados do BRB, Pena detalhou que o banco pretende expandir seus tipos de clientes, sem deixar de atender seu principal público que são servidores públicos do DF, o tesouro do Distrito Federal, além de empresas do GDF.

"O futuro do banco tem que ser com mais alguns bilhões de negociações com o agronegócio e pessoas jurídicas, como a construção civil", explica o presidente destacando a importância destes dois setores nas contas do BRB. No primeiro trimestre de 2009, apenas 2,4% das transações do banco eram com pessoas jurídicas, agora estão em 4%.

O secretário de Transparência do DF, Carlos Higino, afirmou que é papel dos bancos públicos puxar a redução dos juros, como acontece desde o primeiro semestre de 2012. Higino acredita que a divulgação dos resultados é fundamental para fortalecer a credibilidade do Banco de Brasília e o posicionamento no mercado.

Expansão no Centro-Oeste

Nos últimos dois anos o BRB inaugurou quatro agências. Em 2010 foram uma em Campo Grande (MTS) e outra em Cuiabá (MT), já neste ano, são os pontos do P Sul, na Ceilândia, e na Praça do DI, em Taguatinga. O Gama ganhou uma loja de conveniência.

A previsão é que mais nove sejam abertas ainda no primeiro semestre de 2013, três delas no Entorno: Santo Antônio Descoberto, Novo Gama e Águas Lindas. Planaltina de Goiás também deve sediar uma agência até o início de 2014.

Ao todo são 106 unidades espalhadas por São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, e Goiás (Anápolis, Goiânia, Luziânia, Valparaíso e Formosa) e Distrito Federal. O BRB representa 15% das agências do DF.

O custo de uma nova agência gira em torno de R$ 5 milhões e de 2002 até 2010 nenhuma unidade havia sido inaugurada.

Além do aumento por meio da presença física, o BRB pretende participar dos projetos na região. Até outubro, devem ser anunciadas as empresas que serão responsáveis pelo Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste. O BRB concorre e espera fazer parte do projeto que prevê R$ 1,5 bi em investimentos até o final de 2012. "Nós temos condição de exercer um forte papel para o governo Federal na RID", conclui Pena.