Chile: Mapuches mantém greve de fome por recuperação de terras

Os cinco presos mapuches, que estão em greve de fome na prisão de Angol, localizada na Araucania Chilena, disseram que continuarão sem ingerir alimentos e manterão a luta até recuperarem seus territórios e a liberdade de seu povo.

“Da cadeia continuaremos mobilizados lutando até o fim para sermos ouvidos e que devolvam tudo o que nos tiraram”, asseguram os réus em comunicado que a Prensa Latina teve acesso.  Há 15 dias, Paulino Levipan, Daniel Levinao, Hector Ricardo Nahuelqueo, Rodrigo Montoya e seu porta-voz Eric Montoya, deixaram de consumir alimentos, por considerar que suas prisões não tiveram um processo justo.

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Dois deles foram condenados a 10 anos de prisão por homicídio frustrado contra membros da polícia de Carabineros. “Sabemos que a luta mapuche está sendo criminalizada pelo Estado chileno. Nos perseguem, nos condenam e nos discriminam em nossas próprias comunidades”, indicam os comuneros que asseguram que nem o encarceramento nem a morte deterão sua luta pela liberdade e a recuperação de suas terras ancestrais.

“Tomamos estas medidas de pressão para que nossas demandas sejam ouvidas e para ter justiça, já que os tribunais ditam condenações de caráter político influídos pelo governo e o empresariado”, destaca o comunicado.

Na sua opinião, personagens governamentais e empresariais criticam a atuação dos juízes para que tomem decisões negativas contra os mapuches impondo duras penas para neutralizar o conflito.

Milhares de pessoas marcharam, no último domingo (9), pelas ruas de Santiago em memória das vítimas do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, que derrubou o governo de Salvador Allende. Entre suas consignas reclamaram “liberdade ao mapuche” e processos judiciais justos para os representantes deste povo originário.

Com Prensa Latina