Conflito mineiro persiste na África do Sul

As tensões na África do Sul se ampliaram, nesta quarta (12), após um cadáver ter sido encontrado nas imediaciones da mina de Marikana, cenário nos últimos días de violentos atos e de um massacre, que deixararam um saldo de 44 mortos.

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Desse total, 34 faleceram em 16 de agosto último como consequência de disparos da polícia contra mineiros que realizavam uma manifestação na mina de platina de Marikana, noroeste de Johannesburgo, pertencente à empresa britânica Lonmin.

"Encontramos o cadáver de um homem", confirmou o porta-voz policial, Thulani Nguna. Diversas fontes disseram que o corpo, presumivelmente de um mineiro, apresentava profundos cortes nas costas e na cabeça.

Em meio a um tumultuado ambiente, nas últimas horas, na mina de ouro KDC, da empresa Gold Fields International, mais de 10 mil trabalhadores realizaram uma paralisação não autorizada.

Com essa ação, os empregados exigem a sustituição de representantes sindicais no grêmio nacional de mineiros e um aumento de salários para cerca de 1560 dólares, mais que o dobro do que recebem atualmente.

Milhares de funcionários da entidade Lonmin se negaram a regressar a seus trabalhos habituais e rechaçaram um acordo firmado recentemente entre diretores dessa empresa britânica e alguns sindicatos, que estabelece o regresso imediato ao trabalho.

Desde o início do conflito mineiro, há quase um mês, Lonmin, que ainda não pagou aos trabalhadores o salário mensal, reportou perdas econômicas superiores a 75 milhões de dólares, informaram organismos econômicos.

Fonte: Prensa Latina