Bancários rejeitam proposta e aprovam greve a partir do dia 18
Bancários de todo o país rejeitaram na noite de quarta-feira (12), a proposta de 6% de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na semana passada. Reunidos em assembleias que ocorreram em todo o país, eles também aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (18), além de nova assembleia na segunda para organizar a paralisação.
Publicado 13/09/2012 12:24
"A radicalização é necessária para desmascarar os banqueiros, que adotaram o discurso de que não é possível conceder aumento real por conta da redução dos juros imposta pelo governo federal. O que é um verdadeiro absurdo, pois a medida beneficia a população e não afeta o rendimento das empresas, que é cada vez mais bilionário", afirmou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-Base), Emanoel Souza, que participa do processo negocial.
Ouça entrevista Emanoel Souza: banqueiros "pagaram pra ver" e categoria está mobilizada
Ele observou que a indicação do Comando Nacional de aprovar a paralisação com antecedência, tem dois objetivos: cumprir as determinações legais de antecedência de 72 horas, para que o banco não tente entrar com dissídio contra a greve, e o outro é ampliar o canal com a população, conquistando mais apoio e assim pressionar os bancos.
Os trabalhadores destacaram que, além de muito aquém do esperado, a proposta inclui a desvalorização da categoria, pois não repõe as perdas salariais, que chega a 90% na média, desde o primeiro ano do governo FHC.
Os bancários afirmam que neste ano é preciso que a paralisação seja forte para enfrentar os banqueiros, que já começaram a mostrar o lado terrorista e forçaram a radicalização. Para a categoria, são indispensáveis que se conquiste nessa campanha o fim do assédio moral, isonomia e a recuperação das perdas, que parece impossível diante do aumento real oferecido, de 0,58%.
Com Feeb-Base