ONU: Conferência promove experiência chinesa em energia limpa

A 9ª Cúpula Internacional sobre Energia Solar e Eólica na China Ocidental foi aberta nesta quarta-feira (13) na cidade chinesa de Lanzhou, no noroeste do país, reunindo mais de 150 especialistas da China, Israel, Paquistão, Egito, Tunísia e Argélia.

A reunião é patrocinada pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO, em inglês), o Centro de Desenvolvimento Global Sul-Sul da ONU e o Ministério do Comércio da China.

"As conversações deste ano estão concentradas no futuro da energia renovável nos países em desenvolvimento, bem como na promoção de padrões industriais sustentáveis", disse Liang Dan, um conselheiro-sênior da UNIDO.

Liang disse que a China obteve progresso considerável em desenvolvimento da energia solar e eólica em sua região árida do noroeste, inventando tecnologias criativas apropriadas para condições naturais duras.

"Em Gansu, uma das regiões mais secas da China, a energia solar é usada não só para gerar eletricidade, mas também para aumentar a produção agrícola", disse Liang.

Na área árida de Hexi, a produção de batatas e milho aumentou 30% depois da aplicação de novas técnicas de agricultura que maximizam a luz solar, disseram especialistas.

Liu Shu, especialista em prevenção de desertificação, disse que a mesma tecnologia também pode ser usada em outras regiões áridas, que cobrem cerca de um terço da área total de terra do mundo.

"Essas regiões têm condições geológicas semelhantes ao noroeste da China, e têm sofrido de produção baixa de grãos", explicou Liu, acrescentando que "com o uso criativo de energia solar, problemas de fornecimento de alimentos podem ser resolvidos sem prejudicar o ambiente".

A UNIDO organizou uma viagem à África para vários de seus participantes no início deste ano para ajudar a se preparar para esta cúpula.

Xi Wenhua, diretor do Centro de Energia Solar Internacional da UNIDO para Promoção e Transferência de Tecnologia, disse que os equipamentos solares chineses se tornaram muito populares em muitos países africanos, acrescentando que Pequim deve aumentar a ajuda pertinente para o continente.

Fonte: Rádio Internacional da China