SP: Sem vítimas, incêndio na Favela do Moinho é controlado

O incêndio que atingiu na manhã desta segunda-feira (17) a favela do Moinho, na região de Campos Elísios, no Centro de São Paulo, foi controlado por volta das 8h30 pelo Corpo de Bombeiros. O fogo começou, pouco depois das 7h, embaixo do Viaduto Engenheiro Orlando Murgel. Segundo informações dos bombeiros, não houve vítimas.


(Foto: Luiz Guarnieri/Brazil Photo Press/AE)

Por medida de segurança, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) interrompeu a circulação de composições da região da favela do Moinho, por onde passam as linhas 7-Rubi e 8-Diamante. Os passageiros de um trem precisaram descer e seguir a pé por volta das 7h30.

Leia também:

Enio Squeff: Os incêndios em favelas, o STF e a causalidade


A favela do Moinho tem, segundo a Prefeitura de São Paulo, 375 moradias. A comunidade foi atingida por um grave incêndio no final do ano passado. O incêndio de 22 de dezembro de 2011 abalou as estruturas do Edifício Moinho, que precisou ser implodido pela Prefeitura – a circulação dos trens da CPTM chegou a ficar interrompida por semanas no local.

Pesquisa da FIPE

Dos últimos incêndios que ocorreram neste ano na cidade de São Paulo, nove foram em áreas que aumentaram seus valores no mercado imobiliário. Isso é o que aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

Por exemplo, a região em que está localizada a favela de São Miguel Paulista, na zona leste, que foi incendiada no final de agosto, teve a maior valorização imobiliária da capital, em apenas dois anos a alta foi de 214%.

Outras comunidades também estão na “mira” do mercado imobiliário. Na favela do Morro do Piolho, no Campo Belo, zona sul, destruída pelo fogo no dia 3 de setembro, o aumento do metro quadrado foi de 117%. Já na área em que está a Vila Prudente, ao lado do Sacomã, na zona leste, a valorização foi de 149%.

A pesquisa da FIPE também revela que as áreas que possuem mais favelas são as que têm menos incêndios. Na zona sul paulistana, nos distritos do Capão Redondo (com 93 favelas), Grajaú (com 73), Jardim Ângela (com 85) e Campo Limpo (com 79) não houve nenhum incêndio. Essas áreas aglomeram mais de 21% das favelas da capital e são as mais desvalorizadas pelo mercado imobiliário.

Atualmente, São Paulo possui 1.565 favelas, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU).

Com agências