Bahia: Bancários cruzam os braços por tempo indeterminado

Cansada da falta de negociação com os bancos públicos e privados, a categoria cruzou os braços e só volta às atividades nas agências quando os bancos apresentarem uma proposta decente. A decisão foi reafirmada na assembleia realizada nesta segunda (17/09), no Ginásio de Esporte.

O momento agora é de ampliar a mobilização e garantir a unidade no movimento, pois já está comprovado que só assim a categoria consegue pressionar os banqueiros e arrancar um acordo satisfatório. É preciso que o patronato entenda que o reajuste oferecido, com praticamente zero de aumento real, é absurdo. “Não é possível aceitar assédio moral, exploração, desvalorização e a retirada de direitos, como tem ocorrido. A greve é por melhorias nas condições de trabalho e qualidade no atendimento”, afirma o bancário e deputado estadual, Álvaro Gomes.

Não houve avanço e não há sinalização de apresentação de uma nova proposta. Apesar da lucratividade cada vez mais bilionária, os bancos alegam que não têm dinheiro para atender as reivindicações. “Temos de enfrentar esse discurso e fazer uma grande batalha e trazer a população para o nosso lado”, diz o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e secretário de Comunicação do PCdoB, Emanoel Souza.

De acordo com o diretor do SBBA e presidente municipal do PCdoB, Geraldo Galindo, o Banco do Nordeste marcou nova rodada, mas não há porque se animar, pois o banco já é famoso pela embromação. “São muitas pendências acumuladas, por isso a greve sempre começa forte no BNB, com 100% de adesão entre os funcionários”.

A partir desta terça-feira (18/09), os bancários formam comitês de esclarecimento nas portas das agências para orientar a população sobre como proceder quando precisar utilizar serviços bancários no período de greve e explicar a razão da paralisação, como foi feito durante as visitas às agências nas últimas semanas.

De Salvador,
Maiana Brito com informações do Sindicato dos Bancários da Bahia