Bancários prometem greve forte em balanço do 1º dia de ação

O primeiro dia da greve nacional dos bancários fechou inúmeras agências em todas as regiões do país. Em algumas, o total de postos bancários fechados chegou a 100% como foi o caso de Campina Grande e região, na Paraíba, e a grande maioria das 1,3 mil agências na capital fluminense, segundo os sindicatos das localidades.

O primeiro dia da greve dos bancários fechou inúmeras agências bancárias em todo país. Em algumas regiões, o total de postos bancários fechados chegou a 100% como foi o caso de Campina Grande e região, na Paraíba, e a grande maioria das 1,3 mil agências na capital fluminense, segundo os sindicatos das localidades.

Na Avenida Rio Branco, no centro da cidade, onde há grande concentração de bancos, a maioria permaneceu fechada desde cedo.

Em Natal, Rio Grande do Norte, já estão em greve 80% dos funcionários de bancos públicos e no Interior o movimento atinge 50% das unidades dessas instituições, sendo que as agências da Caixa Econômica Federal estão todas paralisadas.

No centro de Salvador, Bahia, em frente às agências, os trabalhadoers montaram comitês de esclarecimento para tirar dúvidas e explicar as motivações da paralisação da categoria aos clientes. Na capital soteropolitana, o balanço parcial apontou o fechamento de 113 agências bancárias. Do Banco do Brasil foram 55, Caixa 29, Santander 5, Itaú 7, Bradesco 9, BNB 3, HSBC 2, Citibank 1, Safra 1, Mercantil do Brasil 1. Em todo o Estado, 380 agências ficaram sem atendimento.

Em todo o estado baiano, foi contabilizado fechamento de agências nos municípios de Itamaraju, Jacobina, Jequié, Luis Eduardo Magalhães, Itapicuru, Ipirá, Simões Filho, Camaçari, Bom Jesus da Lapa, Irecê, Santo Antonio de Jesus, Cícero Dantas, Camacan, Andaraí, Barreiras, Correntina, Ipiau, Itaberaba, Itabuna, Seabra e Feira de Santana, Santa Luz, Queimadas, Nordestina, Valente, São Domingos, Mundo Novo, entre outras.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (sendo 5% de aumento real) aumento na participação do lucro, adoção de piso salarial de R$ 2.416,38, além da reestruturação de benefícios.

A Federação Nacional do Bancos (Fenaban), apresentou contraproposta com reajuste de 6% para correção de salário (representando um aumento real de 0,58%), pisos, benefícios e participação nos lucros. Os trabalhadores rejeitaram a contraproposta em uma assembleia, que decidiu deflagrar paralisação a partir desta terça (18).

Neste ano, os banqueiros sentirão o movimento grevista ainda mais forte. “A greve começou bem, atingindo as principais cidades, incluindo capitais e no interior. Os principais centros financeiros de todo país foram paralisados e a tendência é que o movimento cresça, se espalhando para as agências de base das grandes cidades e atingindo, posteriormente, cidades de menor porte”, avalia Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb Base), filiado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Para Emanuel, é fundamental se manter firme nas ruas, durante as mobilizações, e, principalmente, na mesa de negociação.

“É preciso firmeza nas ações e na mesa de negociação. Na avaliação dos cetebistas, temos que lutar por uma contraproposta na íntegra, tendo em vista que o índice de 10,25% reivindicado, sendo 5% de aumento real, já é bastante modesto no tocante às cláusulas econômicas”, enfatizou o dirigente.

Nesta quarta-feira (19), a CTB lança um jornal especial, do Ramo Financeiro, destacando justamente a necessidade de firmeza na mesa de negociação.

Deborah Moreira
Da redação