China diz que pode tomar medidas adicionais em crise por ilhas

 O ministro chinês de Defesa, Liang Guanglie, disse nesta terça (18) que seu país poderia tomar medidas adicionais no conflito com o Japão pela soberania das Ilhas Diaoyu, mas expressou a esperança de que esta questão seja resolvida através de negociações pacíficas.

Liang reiterou a insatisfação de seu governo com a compra e nacionalização do arquipélago pelo Japão, durante uma conferência de imprensa em Pequim no final de suas conversas com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta.

 "Estamos acompanhando de perto a evolução da questão das Ilhas Diaoyu e nos reservamos o direito de tomar novas medidas, embora esperemos que este assunto seja devidamente resolvido por meios pacíficos e negociações", disse Liang, citado pela agência de notícias chinesa Xinhua.

 As ilhas Diaoyu foram ocupadas pelo Japão ao derrotar a China na guerra de 1895, até que, em 1971, os Estados Unidos decidiram unilateralmente incluí-las no tratado de reversão de Okinawa ao Japão, um acordo que Pequim tem repetidamente denunciado por violar sua soberania sobre estas ilhas desabitadas.

 "Quero deixar claro que as Ilhas Diaoyu são parte integrante do território da China, demonstrado pela história e pela lei, e que esta questão foi abordada nas conversas que tivemos com o secretário Panetta", acrescentou Liang, segundo Xinhua, embora sem acrescentar mais detalhes.

 Nos meios oficiais chineses, pervalece a visão de que Washington deve deter as provocações de Tóquio e retificar a sua própria posição errada de aplicar o tratado de segurança entre os EUA e o Japão no arquipélago chinês de Diaoyu.

 Em um outro incidente que mantém seriamente irritadas as relações entre Beijing e Tóquio pelo conflito sobre o Diaoyu, vários ativistas japoneses de direita desembarcaram hoje no arquipélago, um movimento que imediatamente provocou protestos de Pequim.

O porta-voz da chancelaria, Hong Lei, disse a jornalistas que o desembarque desses ativistas japoneses no território em disputa "é uma grave provocação que viola a soberania territorial da China."

 O governo chinês exigiu das autoridades japonesas uma explicação de seu apoio a essa ação e pediu para que tomem medidas eficazes para evitar a repetição de eventos similares, que poderiam agravar as tensões entre os dois países, disse Hong.

 O porta-voz oficial também alertou ao Japão que a China se reserva o direito de tomar medidas adicionais no conflito sobre a soberania das Ilhas Diaoyu.

Fonte: Prensa Latina