Estádios da Copa: Aldo descarta que serão "elefantes brancos"

Empresas estrangeiras administradoras de espaços multiuso já demonstraram interesse nas concessões dos estádios da Copa do Mundo de 2014, disse nesta terça-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Dos 12 estádios que estão sendo construídos ou reformados para o torneio, apenas três são privados, em São Paulo, Porto Alegre e Curitiba, e há expectativa principalmente quanto ao uso após o Mundial de arenas em cidades com pouca tradição no futebol, como Brasília, Manaus e Cuiabá.

"Administradores europeus já estão atrás dos estádios. Tem um interesse", disse Aldo em entrevista a correspondentes estrangeiros.

Os projetos dos estádios da Copa foram adaptados ao conceito multiuso, que prevê a utilização para apresentações musicais, exposições e outros eventos além do futebol. As arenas terão restaurantes, centros de compras e convenções e, em alguns casos, até hotéis.

A capacidade das arenas para o Mundial vai de 43 mil lugares, como em Cuiabá, a até 79 mil espectadores, como no Maracanã.

Aldo disse que algumas empresas, incluindo a AEG – que administra, entre outras arenas, o Staples Center em Los Angeles – já demonstraram interesse na administração do estádio de Brasília.

Segundo o ministro, já há negociações também nos casos de Salvador e Natal com algumas empresas. Em Recife, a gestão da arena ficará a cargo do Náutico.

O Maracanã também pode ser oferecido para concessão e o empresário Eike Batista já declarou interesse em assumir a administração do estádio, que será palco da final da Copa do Mundo de 2014.

Dos nove estádios públicos, cinco estão sendo reformados em Parcerias Público-Privadas (PPP) – Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador.

Aldo descartou que as arenas possam se tornar "elefantes brancos" após o Mundial, como foi o caso na África do Sul depois da Copa do Mundo de 2010. "Não tem elefante na nossa fauna, nem essa cor", disse.

O ministro disse que a expectativa é de que os gastos de governo com o torneio cheguem a R$ 33 bilhões, entre União e Estados, incluindo empréstimos para a reforma de estádios e obras de mobilidade urbana e outros investimentos em infraestrutura.

Com agências