Divanilton Pereira: Porque voto em George Câmara

Por Divanilton Pereira*

Os processos eleitorais no Brasil – da sua efetivação a universalização atual – refletem historicamente as fases do amadurecimento político de nossa sociedade. Durante todo o seu percurso – de 1532 a 2012 – sua consagração não foi objeto consensual entre as classes sociais do país. Pelo contrário, entre elas ocorreram intensas lutas em torno dessa causa democrática. Coube ao pensamento progressista nacional sua conquista.

A LEGISLAÇÃO TEM MARCA RESTRITIVA POPULAR

O voto é um dos instrumentais democráticos mais importantes sob o regime capitalista brasileiro. Entretanto, por ele ser uma resultante de uma disputa entre interesses antagônicos, a sua configuração normativa objetiva não ameaçar o efetivo poder político da classe dominante. Portanto, sua eficácia tem seus limites. E um dos principais sustentáculos de sua restrição popular é o seu financiamento privado. Além de deixar as disputas eleitorais desiguais, ele tem impulsionado a financeirização exacerbada e corruptora sobre os eleitores. Tornou-se um negócio para alguns.

COM LIMITES, MAS IMPORTANTES

As grandes estruturas privadas midiáticas do Brasil invadem cotidianamente a consciência popular, atribuindo a política todo tipo de desqualificação. Corrupção, enriquecimento, favorecimento são marcas dessa tão bem arquitetada propaganda. Não que a maioria da classe política não produza tais fatos, infelizmente isso até prevalece. Mas o que está por trás dessas mensagens é tentar estabelecer um senso comum entre a população de que todos os políticos são iguais. Além disso, estrategicamente criam um ambiente propício a indignações – que mal conduzidas – que pode levar o povo a menosprezar a sua própria conquista. Por extensão, com essa atitude, esse mesmo povo se afasta das disputas pelas estruturas de poder, favorecendo que a classe dominante se reproduza e se perpetue no comando político. Não interessa aos trabalhadores e ao povo cair nessa armadilha. Devemos valorizar essas batalhas e disputar os rumos e os centros de poder no Brasil.

OS CANDIDADTOS DO PCdoB SÃO DIFERENCIADOS

Este ano, o PCdoB em nível nacional realiza a campanha de maior dimensão da sua história. Em Natal, o Partido acompanha também essa nova realidade. São 14 candidatos a vereador. Homens e mulheres que têm suas trajetórias identificadas com a causa das mulheres, da juventude, da cultura, da moradia, da segurança, dos direitos humanos, do esporte, da educação e dos trabalhadores. Por isso eles honram os votos democráticos e progressistas do povo de Natal, e de vocês.

DIVANILTON VOTA GEORGE CÂMARA -65.123

É dentro dessa complexa contextualização que identificar a qualidade na política se torna cada dia mais difícil. A propaganda atualmente não mais apresenta algo, ela seduz pela sua arte as pessoas. Seja para um consumo ou para o convencimento em torno de uma opinião. Nessa campanha não está diferente e nós trabalhadores não devemos nos perder com as aparências e sim valorizarmos a essência do que pensam, falam e agem os candidatos. Percorrer suas trajetórias é um referencial que sempre utilizo. Por isso que há tempos acompanho eleitoralmente o camarada e petroleiro GEORGE CÂMARA. Uma representação classista que alcançou não mais uma mera visibilidade enquanto vereador ou circunscrito a um único espaço. O seu diferencial programático, coerente e de comprometimento popular são qualidades que se consolidaram entre aqueles e aquelas que zelam pela boa política. Por isso sua reeleição é uma conquista dos trabalhadores e das trabalhadoras e um bem da cidadania democrática e progressista de Natal.

VOTAMOS CARLOS EDUARDO PREFEITO – 12

A situação em que se encontra Natal não mais requer maiores diagnósticos. Não existe mais Prefeitura. O que nos perguntamos é: Quem reúne as melhores condições para recuperar a nossa cidade? A situação emergencial que se passa por Natal exige respostas e parâmetros que vão além de nomes, propagandas e artificialidades. Do futuro prefeito a realidade exige capacidade administrativa, conhecimento da situação concreta e, sobretudo, liderança e capacidade política para mediar e aglutinar em torno dos desafios da cidade, as forças políticas comprometidas com o seu futuro. Além disso, precisa ter boa interlocução com o novo ciclo inaugurado por Lula e ora liderado pela Presidenta Dilma Rousseff. Esse trânsito é fundamental para recuperar a capacidade de investimento da nossa capital. Essas necessárias circunstâncias e atribuições concentram-se no candidato Carlos Eduardo – 12. Por isso, recomendamos nele vossos votos.

Mãos à obra. A luta e a vitória.

Natal, RN, 19 de setembro de 2012.

*Divanilton Pereira é membro do comitê central do PCdoB; da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; da Federação Única dos Petroleiros e do SINDIPETRO-RN