Durante protesto, Jamil repudia preconceito contra muçulmanos

Cerca de mil pessoas, a maioria da comunidade árabe, ocuparam as ruas do Brás nesta sexta-feira (21), em protesto contra o filme “A Inocência dos Muçulmanos”, que desrespeita a religião islâmica. O vídeo tem gerado uma série de protestos em diversos países.

Numa bela e pacífica manifestação, promovida pela Associação Beneficente Islâmica do Brasil, líderes islâmicos, católicos ortodoxos e apostólico-romanos, além de dezenas de crianças, se uniram para repudiar toda a forma de preconceito contra as religiões.

Empunhando cartazes que diziam “Perdão Mohammad, eles não o conhecem, por isso o ofendem” e “Será que ofender um profeta e 1,6 bilhão de pessoas é liberdade de expressão?”, os manifestantes saíram da Mesquita do Brás, na Rua Elisa Whitaker, 17 e finalizaram o ato na Praça Padre Bento, entoando palavras de ordem em defesa do profeta.

Presente ao evento, o vereador Jamil Murad (PCdoB), de origem libanesa, lembrou de seus avós mulçumanos. “Através deles, aprendi desde cedo a respeitar as diferentes religiões e culturas, aprendi que a paz deve estar presente entre todos nós e que devemos buscar a igualdade e a solidariedade entre os seres humanos”.

Para Jamil, “o vídeo é mais um ataque baixo à fé islâmica, que há tempos vem sendo desrespeitada”. Segundo Jamil, as ações dos Estados Unidos, que estimulam o ódio e o preconceito contra os árabes, é uma maneira de desestabilizar a região. “Temos de defender a soberania dos povos e o direito de cada um praticar a sua religião. O Brasil é um exemplo: aqui, convivem as mais diversas crenças, sem violência. E é assim que deve ser”.

Entre os líderes religiosos presentes estavam os xeques islâmicos Mohamed El Moughrabi e Hassan Burji, dom Romanóz Daud, da Igreja Ortodoxa e frei José Francisco dos Santos, da Igreja Santo Antônio do Pari.

Fonte: Assessoria de imprensa do vereador Jamil Murad