Paraguai: protestos mostram insatisfação com governo golpista

No Paraguai as demandas e promessas insatisfeitas por parte do Executivo, dívidas salariais e bônus não pagos, continuação das demissões em massa nos organismos estatais e a recusa camponês e indígena à imposição do uso de sementes transgênicas , foram motivos disso.

A onda de manifestações e outras mobilizações tiveram expressão em várias frentes, entre as quais se destacaram a ativa luta dos professores por suas reivindicações, o reclamo durante toda a semana dos desocupados e a realização da Semana da Semente.

A importante mobilização dos professores, que pode culminar em uma greve geral indefinida a partir do próximo quinta-feira (27), fez-se sentir na última quinta-feira (20) com a presença de numerosos educadores cortando vias e interrompendo o trânsito em localidades de todo o país.

O Comando Sindical advertiu ao Ministério de Educação que lhe resta uma semana para pedir ao Parlamento a ampliação orçamental e pagar salário mínimo a 16 mil docentes atualmente sem receber, as bonificações devidas e salários segundo o escalão vigente.

A Confederação da Classe Trabalhadora, que agrupa 50 sindicatos, marchou pelo centro desta capital na primeira de uma série de atividades reclamando um aumento geral de 20 por cento dos salários e o retorno aos seus cargos de dois mil despedidos.

Precisamente esses homens e mulheres retirados de seu centro de trabalho por razões políticas, segundo denunciaram, mantêm-se acampados em frente às sedes das secretarias de Ação Social e Emergência Nacional, onde trabalhavam, em forma de protesto.

Finalmente, a Semana da Semente serviu para confirmar a decisão dos trabalhadores do campo de recusar os cultivos de algodão e milho transgênicos, um lucrativo negócio da multinacional estadunidense Monsanto, com incidências negativas para a saúde e o meio ambiente.

Fonte: Prensa Latina