Equador encerra hoje processo de inscrição de partidos

No Equador, vence nesta segunda-feira (24) o prazo para a entrega de novas filiações dos diversos partidos políticos ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de acordo com norma estabelecida pela direção desse órgão.

Até a meia-noite as formações partidárias que pretendem disputar as eleições de 17 de fevereiro de 2013 poderão completar a quantidade de filiados que lhes permitam registrar-se perante o CNE com vistas às eleições.

O Movimento Popular Democrático (MPD), o Pachakutik e o Partido Roldosista Equatoriano (PRE), entre outros, ainda precisam apresentar milhares de assinaturas válidas que alcancem ao menos 1,5 por cento do eleitorado, de Acordo com exigência da lei, para poder participar nas eleições.

Estas legendas partidárias não conseguiram atingir a quantidade exigida pela Constituição para adquirir personalidade jurídica perante o ente eleitoral e poder lançar candidatos a presidente, vice-presidente e deputados à Assembleia Nacional.

O CNE decidiu revisar o total das candidaturas de todos os partidos depois de detectar uma fraude nos dados e assinaturas dos votantes que os apoiavam.

Cerca de 103 mil denúncias por essa causa foram apresentadas por cidadãos depois que ficou conhecida a falsificação de filiações e das assinaturas.

Isto acarretou a requalificação dos partidos, dos quais sete de caráter nacional, entre os 11 existentes e outros 40 de caráter local e provincial no país conseguiram passar por essa prova eleitoral.

Juan Pablo Pozo, porta-voz do CNE, informou que até a sexta-feira (21) entregaram novos registros de apoios o Partido Renovador Institucional Ação Nacional (Prian) e o Partido Socialista Popular (PSP).

Também o fizeram os partidos Criando Oportunidades (Creo), Aliança PAÍS, o PRE, o MPD, Pachakutik, Concertação, Avança e Ruptura.

Segundo informações da imprensa, o CNE já teria revisado mais de 10 milhões de assinaturas de eleitores, o que indica que apenas pouco mais de quatro milhões de cidadãos não estão registrados em nenhuma formação política.

Uma pesquisa recente assinala que 60 por cento dos equatorianos que não pertencem a nenhum partido político expressou seu desinteresse em participar na disputa eleitoral e tampouco a somar-se a nenhuma das 260 agrupações partidárias existentes no país.

Cerca de 72 por cento dos entrevistados para o mesmo estudo informou que nas últimas semanas ninguém lhe pediu para apoiar como filiado ou aderente um partido ou movimento político.

Na semana passada, integrantes da chamada Coordenadora Plurinacional de Esquerda realizaram uma marcha para exigir sua participação nas próximas eleições, mesmo sem ter ainda completado o número de assinaturas de apoio.

Neste domingo (23), o presidente Rafael Correa, na qualidade de diretor nacional da Aliança PAÍS, dirigiu uma manifestação em agradecimento aos seguidores deste Movimento e contra a pretensão de líderes de alguns partidos de inscrever-se sem ter as assinaturas válidas para isto.

Prensa Latina