China responde ao discurso do premiê japonês na ONU

O primeiro-ministro japonês, Noda Yoshihiko, afirmou na quarta-feira (26) num discurso proferido na 67ª Assembleia Geral da ONU que a questão da soberania territorial deve ser resolvida em conformidade com os regulamentos estipulados nas leis internacionais.

A China refuta essa afirmação e defende que o Japão violou abertamente a soberania chinesa e tentou usar as leis internacionais como pretexto, sendo essa ação baseada em mentiras.

Na coletiva de imprensa regular realizada nesta quinta-feira (27), o porta-voz da Chancelaria chinesa, Hong Lei, reiterou a postura chinesa na questão das ilhas Diaoyu, afirmando que o Japão tem que respeitar a história e a jurisprudência internacional e abandonar qualquer ação que prejudique a soberania territorial de outros países.

Após a Assembleia Geral, Noda Yoshihiko insistiu, em declarações proferidas à imprensa, na detenção do Japão da soberania das ilhas Diaoyu e disse que jamais cederá nessa questão. Hong Lei expressou a oposição firme da China quanto à postura errada japonesa nas ilhas Diaoyu.

Ele lembrou que depois da Segunda Guerra Mundial, a Declaração do Cairo e o Comunicado de Potsdam estipulam que a China pode revindicar os territórios ocupados pelo Japão. Essa decisão foi aceite pela Carta de Rendição do Japão em 1945. Um país derrotado não tem como justificar a ocupação de território de um país vencedor.

O ex-premiê japonês, Shinzou Abe, foi eleito ontem como novo presidente do Partido Liberal Democrático. Em relação ao resultado, Hong Lei rejeitou fazer comentários, pois segundo ele esse é um assunto interno do Japão. O porta-voz chinês afirmou que a tensão existente entre China e Japão resulta da persistência japonesa em nacionalizar as ilhas Diaoyu. O Japão deve assumir toda responsabilidade na questão.

Fonte: Rádio Internacional da China