Irã qualifica manobras militares como sinais de desespero

A concentração de forças militares na região síria indica que os exercícios de guerra em curso são "realizados por desespero", afirmou nesta quinta (27) o comandante das forças terrestres do Irã, general Ahmad Reza Pourdastan.

"Os inimigos do Irã temem sua capacidade defensiva; estamos observando essas manobras com atenção", advertiu o chefe castrense.

Ele acrescentou que seu país ajustará suas defesas aéreas e anfibias como resposta aos exercícios militares em curso no Oriente Médio, segundo a agência oficial Irna. Unidades navais estadunidenses e de países do Golfo Pérsico iniciaram há duas semanas manobras nessa zona baseadas num suposto uso massivo de minas no Estreito de Ormuz, pelo qual passam entre 35% e 40% do petróleo que consomem os Estados Unidos, as potências ocidentais e o Japão.

O Irã advertiu que, em caso de agressão militar contra seu território, pode bloquear o estreito "em questão de horas". Nos exercícios no Golfo Pérsico participam oficiais de até 30 países, identificados pelo Pentágono, que os convocou e patrocina.

Por sua parte, Israel iniciou dias atrás, de improviso, manobras nas Colinas do Golán, território sírio ocupado. Sobre o tema, o general Reza Pourdastan considerou que a mobilização militar das forças de Tel Aviv, nas proximidades da fronteira com a Síria, tentam vingar a derrota que sofreu em sua invasão ao Líbano em 2006 e os ataques em massa contra a Faixa de Gaza entre fins de 2008 e princípios de 2009.

Bombardeios massivos de artilharia e da força aérea israelense contra a faixa deixaram mais de 1400 mortos, o triplo de feridos e devastaram a infraestrutura desse território.

Fonte: Prensa Latina