Ahmadinejad: ONU precisa de reformas estruturais

Em sua oitava intervenção diante da Assembleia Geral das Nações Unidas, agora na sua 67ª sessão, o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, disse que receberia com alegria qualquer esforço realizado pela organização e seus membros para estabelecer a paz e alcançar a estabilidade no mundo.

Na sessão, realizada na sede da organização em Nova York, nos Estados Unidos, Ahmadinejad disse que a ONU passa por um período de "declínio" e precisa de uma reforma estrutural.

"Hoje em dia, todos os países estão descontentes com a ordem mundial imperante e a administração equívoca do mundo está causando problemas globais", assinalou o chefe do Executivo persa.

Mais adiante, afirmou que a atual situação do mundo é originada no egoísmo e no ódio, e é resultado de uma administração errada. Em outra parte de suas declarações, Ahmadinejad se referiu ao poder de veto na ONU, qualificando-o como um obstáculo para a defesa do direito das nações.

Armas nucleares para intimidar

Ahmadinejad também acusou o Ocidente de intimidar com meios nucleares o resto das nações do planeta.

"A corrida armamentista e a intimidação pelo uso de armas de destruição em massa e armas nucleares pelas potências imperialistas se tornou uma prática comum", disse Ahmadinejad.

"A ameaça contínua dos sionistas contra a nação iraniana é um exemplo claro dessa amarga realidade", agregou.

"No mundo contemporâneo, testemunhamos que o unilateralismo, adotando políticas ambíguas, impõe guerras, promove a insegurança e a ocupação, o monopólio econômico e a dominação de centros sensíveis no mundo", continuou o chefe do Executivo iraniano.

Para Ahmadinejad, a realização de testes militares destrutivos usando armas avançadas, ameaçando o mundo, e usando falsas premissas, tornaram-se uma espécie de jargão para forçar as nações a desistirem de sua soberania.

"Sob tais circunstâncias, não há confiança nenhuma nas relações internacionais e não há dispositivos críveis e seguros para resolver os atuais conflitos", afirmou.

"Os países que estocaram milhares de bombas e armas não podem se sentir seguros em tal situação", afirmou.

De São Paulo,
Humberto Alencar
da Redação do Vermelho